Araçatuba (SP) registrou a maior onda de homicídios do ano, com cinco crimes e seis mortes em apenas oito dias. Os delitos ocorreram entre os dias 21 e 29 de julho, e as vítimas são homens com idades entre 20 e 48 anos.
Um levantamento feito pela produção da TV TEM revelou, ainda, que julho foi o mês mais violento do ano na cidade, superando março, que havia registrado cinco homicídios dolosos.
O crime mais recente ocorreu na segunda-feira (29). A Guarda Municipal encontrou o corpo de um homem, de 36 anos, dentro de um carro, na Estrada Vicinal Jocelin Gotardi, também conhecida como Estrada do Veleiro. Segundo a polícia, a vítima foi assassinada a golpes de faca. O corpo estava caído no assoalho do carro.
Porém, o caso que mais chamou a atenção foi a morte de um homem, de 48 anos, na noite de sexta-feira (26), no bairro Jardim TV. O crime foi registrado por câmeras de monitoramento de uma casa e impressiona pela audácia e violência.
A vítima estava dentro de um carro, acompanhada de outra pessoa, quando uma motocicleta ocupada por dois homens se aproximou e os suspeitos disparam com pistolas contra o motorista, que morreu no local.
O passageiro conseguiu escapar e teve apenas ferimentos leves. A perícia recolheu, na cena do crime, 23 cápsulas de munição calibre 9 milímetros e 11 de calibre 380. A motivação do crime ainda não foi divulgada.
Com exceção de um dos casos, quando o autor foi preso em flagrante, as demais ocorrências estão sem esclarecimento até o fechamento desta reportagem.
Números da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) mostram que, de janeiro a junho, um houve aumento de 28% na quantidade de homicídios praticados na cidade, em comparação com o mesmo período de 2023.
Foram 18 mortes neste ano, contra 14 no primeiro semestre do ano passado. Os números referentes ao mês de julho ainda não foram divulgados.
A Polícia Militar, por meio de nota, informou que realiza ações de prevenção de tipo de crime com base em estudos dos índices criminais. Já a Polícia Civil de Araçatuba informou, à TV TEM, que não comenta sobre os inquéritos em andamento.