A Polícia Militar prendeu em flagrante dois homens, de 53 e 23 anos, suspeitos de, respectivamente, comprar e vender munições de arma de fogo na Vila Líder, em Presidente Prudente (SP), na noite desta sexta-feira (12).
Nas abordagens aos envolvidos, os policiais apreenderam, no total, um revólver e 22 munições de calibre 38, dois celulares, R$ 305,00 em dinheiro, duas porções de cocaína (5,63 gramas) e dois pacotes com saquinhos plásticos vazios suspeitos de utilização como embalagens de droga.
Os policiais realizavam patrulhamento preventivo e ostensivo pela Rua Mendes de Moraes quando receberam a informação de que um homem estava nas proximidades da ferrovia, em uma caminhonete de cabine dupla, à procura de munições para comprar e conseguiram encontrar e abordar no bairro um veículo com as mesmas características.
No bolso da calça que o motorista da caminhonete vestia, os militares encontraram 16 munições intactas de calibre 38. Já no console entre os bancos do passageiro e do motorista do veículo, os policiais acharam um revólver, também de calibre 38, carregado com seis munições.
O suspeito, de 53 anos, alegou que estava em poder da arma de fogo e das munições porque vinha sendo ameaçado e que tinha adquirido o revólver no Estado de Mato Grosso do Sul havia cerca de quatro anos.
Ele ainda revelou que havia acabado de comprar pela quantia de R$ 300,00 em dinheiro as 16 munições que estavam em seu bolso e indicou a residência nas proximidades onde tinha feito a negociação.
Os policiais dirigiram-se até a casa, onde abordaram o morador, de 23 anos, e encontraram no bolso da bermuda que ele vestia a quantia de R$ 305,00. O homem confessou que o dinheiro era proveniente da venda de munições que ele tinha acabado de comercializar.
Em vistoria na residência, os militares encontraram duas porções de cocaína, que o morador assumiu serem para seu consumo próprio, e ainda saquinhos plásticos transparentes que, segundo a polícia, são comumente usados para a venda de droga.
O rapaz alegou que as munições haviam sido deixadas no local por um colega, que tinha ido embora, razão pela qual as vendeu.
Ambos foram levados à Delegacia Participativa da Polícia Civil, onde apresentaram suas versões sobre os fatos.
Depoimentos
O homem mais velho disse à Polícia Civil que, por estar sendo ameaçado, há cerca de três meses comprou o revólver de um conhecido seu que veio da cidade de Naviraí (MS). Ainda por conta das ameaças, ele resolveu comprar mais munições para sua arma, razão pela qual nas proximidades da linha férrea questionou algumas pessoas sobre quem vendia projéteis e indicaram-lhe o local. Na sequência, ele foi até a residência informada e pagou R$ 300,00 em dinheiro por 16 munições e, logo após comprar os projéteis, acabou abordado pelos policiais.
Por sua vez, o jovem disse que as munições já estavam em sua residência, porém, pertenciam a um colega, o qual foi embora e as deixou para trás, razão pela qual as vendeu. Ele alegou que já vinha tentando vendê-las havia algum tempo, tanto que as ofereceu para várias outras pessoas, e que um colega seu ligou dizendo que tinha encontrado um comprador, que combinou por telefone o preço de R$ 300,00 e o rapaz apenas passou em sua casa para pegá-las e deixar o dinheiro e, logo depois, a polícia apareceu.
O jovem ainda disse que precisava vender as munições para usar o dinheiro e pagar o aluguel e confessou que o dinheiro encontrado em seu poder era o da venda dos projéteis.
Já a droga que estava em sua casa ele alegou que era para seu consumo pessoal. Além disso, pontuou que não é traficante e que todos os saquinhos transparentes encontrados em sua casa pertencem a um outro colega.
Indiciamentos
A Polícia Civil indiciou o homem mais velho pelo crime de porte ilegal de arma de fogo e munições e arbitrou-lhe uma fiança no valor de R$ 4.236,00, o equivalente a três salários mínimos, que não foi paga.
Já o mais jovem irá responder pelos crimes de comércio ilegal de munições e tráfico de droga. A Polícia Civil ainda representou à Justiça pela conversão da prisão em flagrante dele em prisão preventiva.
Ambos permaneceram presos no aguardo da audiência de custódia na Justiça.