Foragido da Operação Dedo Podre é preso para o cumprimento de pena de 8 anos em regime inicial fechado

27/05/2024 08h47 Investigações desmontaram um esquema de transferência ilícita de CNHs.
Por: g1, Ilha Solteira - SP
Foragido da Operação Dedo Podre é preso para o cumprimento de pena de 8 anos em regime inicial fechado Operação Dedo Podre teve início em 2019 — Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu na tarde desta sexta-feira (24) um homem, de 61 anos, condenado pela Justiça por envolvimento em um esquema de fraudes em Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) desbaratado pela Operação Dedo Podre. Ele já era considerado foragido da Justiça e foi capturado em Ilha Solteira (SP).

Após ser submetido a uma audiência de custódia na Justiça, o capturado será encaminhado a uma penitenciária para o cumprimento da pena de oito anos, em regime inicial fechado, que lhe foi imposta pela condenação.

Na quinta-feira (23), outros dois homens, de 45 e 50 anos, haviam sido presos, respectivamente, nas cidades de Dracena (SP) e Selvíria (MS), durante a terceira e última fase da Operação Dedo Podre.

Os policiais cumpriram os mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Dracena.

A operação teve início em agosto de 2019 com o objetivo de investigar crimes relacionados à transferência ilícita de CNHs do Estado de São Paulo, principalmente, para Mato Grosso do Sul e outras unidades da federação, por meio da inclusão de dados de endereços falsos dos motoristas.

Durante as investigações, os policiais identificaram três núcleos de atuação em Dracena, Ilha Solteira e Selvíria, “responsáveis por recrutar condutores infratores que pagavam propina e cometiam fraudes para obter outra CNH, evitando sanções administrativas e criminais" da legislação de trânsito.

Ao longo da Operação Dedo Podre, que teve outras duas fases em 2019 e 2022, os policiais identificaram mais de 350 condutores que utilizaram os “serviços dos investigados para a transferência ilícita da CNH, o que resultou na abertura de mais de três centenas de inquéritos policiais, culminando em indiciamentos e condenações judiciais”.

Após a conclusão do inquérito policial, com o encaminhamento das provas técnicas e documentais ao Poder Judiciário, os três acusados foram condenados por sentença definitiva.

De acordo com a Polícia Civil, as condenações incluem crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção ativa e inserção de dados falsos em sistemas públicos, que totalizam 105 infrações, com penas que variam de oito a nove anos e quatro meses de prisão, em regime inicial fechado.

A decisão transitou em julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), não cabendo mais nenhum recurso.

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