Motorista e passageiro jogam um para o outro a responsabilidade por arma em carro e são presos por porte ilegal compartilhado

22/01/2024 08h32 Revólver de calibre 38 com seis munições foi apreendido em Presidente Prudente (SP).
Por G1, Presidente Prudente (SP)
Motorista e passageiro jogam um para o outro a responsabilidade por arma em carro e são presos por porte ilegal compartilhado — Foto: Polícia Civil

Dois rapazes, de 26 e 29 anos, foram presos em flagrante por porte ilegal compartilhado de arma de fogo na madrugada deste sábado (20), no Jardim Califórnia, em Presidente Prudente (SP).

Com eles, a Polícia Militar apreendeu um revólver de calibre 38 municiado com seis cartuchos íntegros.

Inicialmente, os policiais tomaram conhecimento de que havia um carro, na Vila Brasil, com quatro ocupantes, que estariam expondo uma arma de fogo cromada. No entanto, quando os militares chegaram ao bairro, o veículo não estava mais no local.

Em seguida, o radar existente no cruzamento entre a Avenida Brasil e a Rua Nações Unidas, na Vila Industrial, detectou a passagem do veículo no sentido da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) e os policiais, então, iniciaram o patrulhamento com o objetivo de localizar o automóvel, até que o encontraram no Jardim Califórnia, próximo ao Parque do Povo.

O carro estava estacionado e trancado, com o motor ainda quente, e testemunhas informaram aos policiais que os ocupantes do veículo haviam entrado em uma tabacaria próxima.

Os militares foram ao estabelecimento comercial e conseguiram identificar o motorista e as outras três pessoas que o acompanhavam.

O motorista, de 29 anos, admitiu que havia uma arma de fogo no veículo, mas sustentou que o revólver não lhe pertencia. O rapaz levou os policiais ao veículo e mostrou-lhes que o revólver estava embaixo do banco traseiro.

Segundo o Boletim de Ocorrência, o motorista alegou que a arma pertencia a um outro rapaz, de 26 anos, que o acompanhava como passageiro do carro e estava dentro da tabacaria. O jovem, por sua vez, confirmou que estava no veículo e tinha conhecimento da arma de fogo, porém, alegou que o revólver pertencia ao motorista.

Também foram localizadas outras duas jovens, de 20 e 21 anos, que eram as namoradas dos indiciados.

Todos os quatro jovens, ou seja, os dois casais foram levados à Delegacia Participativa da Polícia Civil, onde as mulheres alegaram desconhecer a existência da arma de fogo no carro.

O motorista insistiu em dizer que o revólver pertencia ao passageiro.

Já o passageiro alegou que estava na casa de sua companheira, quando o motorista passou pelo local e os chamou para sair, até que todos foram à tabacaria, no Parque do Povo, onde acabaram abordados pelos policiais. O passageiro ainda disse que, na hora em que chegaram à tabacaria, o motorista comentou que “tinha um negócio no carro”, mas não terminou de explicar do que se tratava. O passageiro negou ser o dono da arma e reforçou que o revólver pertencia ao motorista.

No entendimento da Polícia Civil, as narrativas dos policiais militares indicam que os dois indiciados tinham conhecimento da arma de fogo, que estava no interior do veículo de um deles, e, além disso, há indícios de que os autuados mantinham entre si uma relação de plena disponibilidade com o revólver, denotando o dolo de ambos direcionado à vontade de estarem armados. Por isso, considerou ser plausível, ao menos nesta fase preliminar das investigações, a adoção da tese do porte compartilhado de arma de fogo entre os dois rapazes.

A Polícia Civil ainda representou à Justiça pela conversão da prisão em flagrante dos dois envolvidos em prisão preventiva, após identificar “maus antecedentes” criminais de ambos os investigados. O de 29 anos já havia sido autuado em flagrante por crime previsto no Estatuto do Desarmamento em 2021. O de 26 anos possuía condenação por crime de roubo em 2018.

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