Um homem foi violentamente agredido por seguranças do evento "Tupã Folia", durante o encerramento do carnaval na cidade, na noite desta terça-feira (13). A violência ocorreu na frente de uma viatura da Polícia Militar.
Nas imagens, que circulam nas redes sociais, três seguranças da festa cercam o homem, que está no chão. Um dos agentes inicia a série de agressões, com dois chutes na cabeça da vítima. Ela chega a colocar as duas mãos no rosto em virtude do impacto dos chutes e tenta se defender de novas agressões.
Na sequência, um outro segurança chuta a região da barriga do folião, que ainda está no chão. Neste momento, a vítima das agressões se levanta, aparentemente desorientada, e tenta sair do local, mas cai poucos metros à frente.
Ainda no vídeo, é possível ver que, durante os atos de violência, um carro da polícia se aproxima e acompanha de perto a ação dos seguranças, mas nenhum policial desce para intervir na agressão.
Um boletim de ocorrência por lesão corporal foi registrado pela vítima na Delegacia de Tupã. O homem agredido, de 30 anos, disse à polícia que se envolveu em uma briga na saída do evento.
Ele foi identificado pelos seguranças e disse que a situação tinha sido resolvida e estava indo embora da festa, sem desrespeitar os agentes. Ele relatou ainda que, mesmo assim, levou uma rasteira e, no chão, começou a receber socos e chutes dos seguranças.
Ele passou por atendimento na Santa Casa da cidade e foi liberado. Nada consta no B.O sobre a aparente falta de ação da Polícia Militar no vídeo.
Em nota, a Prefeitura de Tupã (SP), responsável pelo Tupã Folia, lamentou o corrido e confirmou que a ocorrência envolve a equipe de segurança do evento, que foi terceirizada.
Ainda no comunicado, a administração municipal afirma que o ato de violência aconteceu fora do circuito carnavalesco e que, em decorrência do teor das imagens, a prefeitura questionou a empresa contratada sobre a ação dos seguranças.
O g1 questionou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo sobre a não intervenção dos PMs durante as agressões dos seguranças, que respondeu em nota que apura, por meio de Inquérito Policial Militar (IPM) a conduta dos policiais envolvidos no atendimento à vítima.