Operação prende quatro mulheres condenadas por associação para o tráfico de drogas, em Pres. Epitácio

17/07/2024 09h31 Desde 2018, Operação Dâmocles condenou mais de 50 pessoas pelos crimes de associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
Por: g1, Presidente Epitácio - SP
Operação prende quatro mulheres condenadas por associação para o tráfico de drogas, em Pres. Epitácio Operação prende quatro mulheres condenadas por associação para o tráfico de drogas, em Presidente Epitácio (SP) — Foto: Polícia Civil

Quatro mulheres foram presas, nesta segunda-feira (15), após terem sido condenadas a mais de cinco anos de prisão, em regime inicial fechado, por associação para o tráfico de drogas, em Presidente Epitácio (SP). 

Os mandados de prisão foram cumpridos pela Polícia Civil durante a Operação Dâmocles, que, desde 2018, condenou mais de 50 pessoas pelos crimes de associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. 

As presas foram encaminhadas para Tupi Paulista (SP), onde aguardam a realização das audiências de custódia. 

Sobre a operação 

As investigações tiveram início a partir das informações encontradas no celular de uma pessoa presa em flagrante em 2017 por tráfico de drogas. A Polícia Civil descobriu o envolvimento de presidiários que, mesmo dentro das penitenciárias, comandavam a organização criminosa voltada à obtenção de lucro com o tráfico de drogas. A comunicação entre os criminosos ocorria através de celulares. 

O que despertou a atenção dos policiais civis no início do trabalho foi a constatação de vínculo, para fins de comércio de drogas, de alguns jovens frequentadores de baladas noturnas em Presidente Epitácio, esbanjando padrão de vida incompatível com a falta de renda lícita suficiente para tanto, com presidiários membros de facção criminosa, fato este corroborado com o aprofundamento das investigações pelo serviço de inteligência que evidenciou a existência do grupo em questão. 

Chefiada e integrada por membros de facção criminosa, hierarquicamente estruturada e ordenada com a imposição de rígidas regras disciplinares próprias a serem seguidas por todos os integrantes, inclusive, pelos associados não “batizados”, com destaque à cobrança de dívidas de drogas mediante violência física, a organização demonstrou altíssima periculosidade, principalmente, por sua atuação típica de milícia privada, representada pelo domínio de atuação territorial, segundo a Polícia Civil.

As investigações revelaram a demonstração de força da liderança da organização criminosa para garantir a exclusividade no comércio de drogas na cidade, a oferta de bairros na modalidade de “arrendamento” para a venda de entorpecentes e ainda um perigoso esquema de serviço de “segurança privada” à coletividade, com nítido intuito de afastar a presença do poder público na localidade e a cooptação de novos simpatizantes do crime organizado, além de propiciar um ciclo vicioso retratado pela prática de crimes patrimoniais pelos próprios inadimplentes da facção, como saída para quitar dívidas provenientes do repasse de entorpecentes destinados à revenda, conforme a Polícia Civil.

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