A Operação Tríade indiciou seis pessoas pelos crimes de falsidade ideológica majorada, peculato e inserção de dados falsos em sistemas de informações, em Caiabu (SP). A ação foi realizada para apurar eventuais irregularidades na administração municipal, de 2017 a 2020, período em que o ex-prefeito Dário Marques Pinheiro (PSDB), um dos indiciados, esteve à frente do Poder Executivo local.
A investigação policial teve início em agosto de 2019 e, no dia 29 de novembro de 2021, a Operação Tríade foi deflagrada para cumprir mandados de busca e apreensão nos setores de tributação, contábil, financeiro, tesouraria, gestão e frota, além do almoxarifado, todos vinculados à Prefeitura.
Segundo a Polícia Civil, o material apreendido foi periciado e, além das provas materiais, funcionários e ex-servidores, donos das empresas e outras pessoas mencionadas no procedimento policial prestaram depoimentos.
O inquérito policial foi encerrado com 23 volumes, resultando em mais de 4,6 mil páginas, e o delegado responsável pelo caso, Claudinei Alves, informou ao g1 que seis pessoas foram indiciadas pelos crimes de falsidade ideológica majorada, peculato e inserção de dados falsos em sistemas de informações, sendo elas quatro funcionários públicos e um empresário, além do ex-prefeito.
O inquérito foi encaminhado ao Fórum da Comarca de Regente Feijó (SP) e passará por análise do Poder Judiciário e do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP).
A Polícia Civil não divulgou os nomes dos indiciados na Operação Tríade.
A reportagem do g1 entrou em contato nesta quarta-feira (18) com o advogado Adenir Theodoro Junior, que trabalha na defesa do ex-prefeito Dário Marques Pinheiro. Ele afirmou que, assim como o ex-prefeito, ainda não foi intimado, até o momento, sobre qualquer indiciamento no âmbito da Operação Tríade, "ficando prejudicada a manifestação sobre os supostos delitos".
Pinheiro foi eleito para dois mandatos consecutivos de prefeito em Caiabu, cumpridos no período entre 2013 e 2020.
Além disso, o delegado também relatou que foram propostos outros inquéritos policiais vinculados, sendo dois relativos a empresas que prestariam serviços à Prefeitura, outro voltado a recebimentos de valores de ações judiciais e um quarto relacionado a lavagem de dinheiro.
Alves ainda afirmou que existe um quinto inquérito vinculado à operação, referente a consumo de combustíveis, ainda em trâmite, mas “já quase finalizado”.