A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (14), o piloto da aeronave que transportava mais de 500 quilos de pasta base de cocaína e foi perseguido por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB). A apreensão ocorreu no dia 18 de janeiro, após a o avião fazer um pouso forçado na área rural de Caporanga, distrito de Santa Cruz do Rio Pardo (SP).
Dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal, foram cumpridos em Campo Grande (MS). Segundo a PF, os alvos eram um suposto piloto e uma segunda pessoa que também estaria na aeronave. Eles estavam foragidos desde o ocorrido.
Ainda conforme a PF, os investigados poderão responder por tráfico de drogas.
Invasão e interceptação da FAB
Na época, a PF de Marília informou em nota que a aeronave sobrevoava o oeste do estado de São Paulo, vindo da região fronteiriça, sendo acompanhada desde então por uma aeronave da FAB, que ordenou que o piloto efetivasse o pouso imediato em um aeroporto ou aeródromo da região.
O piloto, no entanto, não atendeu à determinação e realizou o pouso forçado na área rural, o que danificou o avião. Pouco depois, a FAB confirmou a interceptação da aeronave que vinha do Paraguai e entrou no espaço aéreo brasileiro. Na operação, a FAB utilizou os caças A-29 Super Tucano.
Os radares dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) detectaram a aeronave entrando no território nacional por volta das 7h20.
Como não havia plano de voo, os caças foram acionados, segundo a FAB, “com todas as suas capacidades de emprego”. Neste momento, os meios de defesa aérea foram acionados.
A PF também foi avisada, segundo a FAB, por se tratar de uma aeronave fazendo uma rota de tráfico de drogas já conhecida.
Fuga
Após o pouso forçado, o piloto do avião fugiu do local. À época, segundo as primeiras informações passadas pela Polícia Militar de Ourinhos, dois homens estariam na aeronave e conseguiram fugir em meio à plantação. Já a PF confirmou somente a existência do piloto do avião.
A aeronave e a droga foram levadas para a sede da PF de Marília. Após a contagem da apreensão, a PF informou que foram contabilizados 500 tabletes da droga, sendo 250 de cocaína e outros 250 de pasta base de cocaína. A pesagem final registrou 528,5 quilos de droga.
A reportagem apurou que a aeronave estava com Certificado Aeronavegabilidade (CA) suspenso. O CA é documento emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).