Polícia Civil apreende corrente usada para manter adolescente em casa e apura suposto caso de maus-tratos em Pirapozinho

31/03/2021 05h13 Garota de 17 anos foi encaminhada para um abrigo. Mãe disse que a filha tinha problemas de relacionamento e estaria usando drogas.
Por G1, Pirapozinho - SP
Polícia Civil apreende corrente usada para manter adolescente em casa e apura suposto caso de maus-tratos em Pirapozinho Polícia Civil apreendeu a corrente que era usada para manter a adolescente na casa da família em Pirapozinho. (Foto: Canal Andrews Bratifisch / Cedida)

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar um suposto caso de maus-tratos em uma casa no Jardim Natal Marrafon, em Pirapozinho (SP), nesta segunda-feira (29). A ocorrência envolve uma adolescente de 17 anos e seus pais.

O delegado responsável pelo caso, Rafael Galvão, afirmou ao G1 que a polícia chegou até a casa da família depois de ver postagens feitas pela menina nas redes sociais, relatando que era mantida acorrentada pelos pais em sua residência.

Quando a equipe da Polícia Civil chegou ao local, a jovem estava “solta” e na casa de uma vizinha. A mãe, de 41 anos, e o pai, de 45, foram ouvidos. A corrente foi apreendida.

"Segundo a mãe, não era um cárcere privado, mas ela falou que acorrentava [a filha] mesmo porque ela tem problemas de relacionamento, não obedece aos pais, sai para namorar e até estaria usando drogas. E a família não quis isso", explicou o delegado ao G1.

Galvão ainda ressaltou que, além da instauração do inquérito para a apuração, o caso foi informado ao Ministério Público, ao Conselho Tutelar, ao Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) e ao Centro de Referência da Assistência Social (Cras).

Ele destacou que a relação dos pais com os demais filhos “é normal”. “A adolescente foi encaminhada para o abrigo Minha Casa de Pirapozinho”, disse o delegado ao G1.

Galvão pontuou que não houve prisão em flagrante porque existem “versões conflitantes”, em que cada uma das partes possui testemunhas. A Polícia Civil vai apurar um eventual crime de maus-tratos ou mesmo a “total atipicidade da conduta”.

O prazo para a conclusão do inquérito policial é de 30 dias.

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