A Polícia Militar teve de usar gás de pimenta para desobstruir um trecho da Avenida da Saudade que havia sido bloqueado por frequentadores de um bar na madrugada deste sábado (23), no bairro Cidade Universitária, em Presidente Prudente (SP).
Mesmo após o fechamento do estabelecimento comercial, os clientes não queriam deixar o local e continuavam a atrapalhar o tráfego de veículos na via, segundo o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil.
Ainda conforme o registro policial, havia uma concentração de 250 a 300 pessoas no local.
Os policiais militares informaram que foram registradas diversas chamadas no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) sobre a obstrução da via, “bem como sobre algazarra e som alto no local”.
Segundo o Boletim de Ocorrência, o bloqueio da avenida, com prejuízo para o tráfego de veículos, foi provocado por frequentadores do bar.
Devido ao grande número de pessoas na via, por questão de segurança, os policiais militares pararam a viatura a cerca de 60 metros de distância do estabelecimento e estavam tomando as medidas administrativas (autos de infrações) referentes às motocicletas no local quando foram hostilizados por frequentadores do estabelecimento que atiraram garrafas contra o veículo oficial e os agentes de segurança pública.
Então, foi solicitado apoio de outras viaturas, que compareceram ao local.
Nenhum policial foi ferido e nenhuma viatura ficou danificada.
O comerciante identificado como responsável pelo bar apresentou aos policiais o alvará, emitido pela Prefeitura em 1º de março de 2024, no qual consta uma "licença especial” de funcionamento das 11h às 23h59. Além disso, segundo o Boletim de Ocorrência, o documento da administração pública municipal já indicava que era vedada no local a utilização de som alto, música ao vivo ou quaisquer aparelhos sonoros que pudessem causar incômodo à vizinhança do estabelecimento, sob a pena de cassação do alvará.
No entanto, os policiais informaram que no estabelecimento havia som em alto volume, tendo sido necessário, inclusive, que gritassem para serem ouvidos e atendidos pelo responsável pelo estabelecimento.
À 0h01, a mulher identificada como proprietária do estabelecimento foi orientada a fechar o bar de acordo com o horário de funcionamento constante no alvará.
“Por fim, os policiais militares informam que foi necessário o uso de espargidor de gás de pimenta, a fim de desobstruir a via, visto que os populares não queriam deixar o local, mesmo após o fechamento do estabelecimento, e continuavam atrapalhando o tráfego”, descreveu o Boletim de Ocorrência.
A Polícia Civil registrou o caso com base na contravenção penal de “perturbação do trabalho ou do sossego alheios” para o posterior prosseguimento nas investigações.