Suspeita de integrar organização criminosa envolvida em golpes de portabilidade de empréstimos consignados é presa em Ouro Verde

22/03/2024 08h22 Na casa da mulher, de 37 anos, também foram apreendidos nesta quinta-feira (21) objetos que farão parte das investigações deflagradas pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Por G1, Ouro Verde (SP)
Suspeita de integrar organização criminosa envolvida em golpes de portabilidade de empréstimos consignados é presa em Ouro Verde — Foto: Polícia Civil/SP

Uma operação policial interestadual prendeu nesta quinta-feira (21), no bairro Nova Esperança, em Ouro Vede (SP), uma mulher, de 37 anos, suspeita de integrar uma organização criminosa especializada em aplicar golpes de portabilidade de empréstimos consignados.

Além do cumprimento da prisão preventiva da suspeita, os policiais também realizaram buscas na casa dela que resultaram em apreensões de objetos que também farão parte das investigações.

A Operação Hard Times foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal e também contou com o apoio de policiais civis dos estados de São Paulo e Minas Gerais com o objetivo de desarticular uma organização criminosa de estelionatários especializados em golpes de portabilidade de empréstimos consignados.

As investigações tiveram início há cinco meses, quando um servidor público residente em Taguatinga (DF) recebeu uma proposta vantajosa de portabilidade de seu empréstimo consignado. No entanto, após receber o dinheiro do novo empréstimo, ele foi convencido a transferir o valor para uma falsa financeira, acreditando que estava quitando seu empréstimo, o que lhe resultou em um prejuízo aproximado de R$ 200 mil.

As investigações identificaram seis integrantes da organização criminosa, que tiveram suas prisões preventivas decretadas pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga. Nove mandados de busca e apreensão foram expedidos, assim como o sequestro de veículos e até R$ 2 milhões, valor correspondente ao montante movimentado pelas falsas financeiras em dois meses.

A líder do grupo é uma correspondente de um banco público, residente em Indaiatuba (SP), que utilizava falsas financeiras de moradores das cidades de Ouro Verde (SP) e Viçosa (MG).

O núcleo de cooptação de "clientes" operava em São Paulo (SP) e era composto por jovens que mantinham contato com as possíveis vítimas a partir de uma "central" localizada dentro de uma produtora de videoclipes musicais no bairro Cidade Patriarca, pertencente aos próprios estelionatários.

Segundo a polícia, os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato (fraude eletrônica), organização criminosa e lavagem de dinheiro, e poderão ser condenados a até 26 anos de prisão.

Os valores sequestrados serão revertidos para reparar o prejuízo causado às vítimas.

 

 

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