O Ministério da Saúde informou na última sexta-feira (16) que a seleção de médicos brasileiros para o programa Mais Médicos ocorrerá ainda este mês. O edital deve ser divulgado já na próxima semana para substituir os profissionais cubanos. Isso porque o Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou a decisão de deixar o programa Mais Médicos.
A decisão, segundo o governo cubano, se deve por conta de "declarações ameaçadoras e depreciativas" de Jair Bolsonaro. O presidente eleito afirma que Cuba não quis aceitar condições para continuar no programa.
O militar disse, após café da manhã também nesta sexta com o comandante da Marinha, que é "injusto" e "desumano" destinar aos mais pobres o atendimento médico por parte de profissionais cubanos "sem qualquer garantia" de qualidade.
Para o presidente eleito, não há comprovação para o governo brasileiro de que os profissionais de saúde enviados por Cuba sejam competentes. Com isso, ele voltou a defender que os médicos selecionados deveriam passar por uma prova para revalidar o diploma e atuar no Brasil.
Bolsonaro afirmou que a forma como a contratação dos médicos cubanos foi feita é "situação de prática de escravidão" porque, de acordo com ele, o governo cubano impede que a família dos médicos o acompanhe durante o período em que estão no Brasil.