A Santa Casa de Adamantina recebeu na semana passada um aparelho de ressonância magnética, que começou a ser instalado no local, com expectativa de entrar em operação dentro de 30 dias. Um espaço recebeu obras para abrigar o equipamento dentro dos padrões técnicos e de segurança que disciplinam seu uso e funcionamento, como a “Gaiola de Faraday”.
Conforme publicou o Impacto, o aparelho foi adquirido pela iniciativa privada e funcionará em sistema de parceria, como já ocorre com o raio-x, mamografia, densitometria óssea, endoscopia e colonoscopia, tomografia computadorizada e ultrassom, e prestará serviço ao SUS.
Conforme declarações à imprensa de representante da Examina Diagnósticos, foram investidos cerca de R$ 4 milhões na aquisição do equipamento – modelo Canon Elan 1,5 Tesla – campo fechado – com capacidade de realizar 30 exames diariamente.
A ativação do serviço, em Adamantina, vai evitar o deslocamento de pacientes para Ourinhos (cerca de 230 quilômetros), onde os exames de ressonância magnética de moradores da região de saúde de Adamantina são referenciados, via SUS. Há articulação em andamento para que os pacientes SUS da região de saúde de Tupã, também atendidos em Ourinhos, possam realizar os exames no novo serviço em Adamantina.
O espaço que abriga o equipamento de ressonância magnética foi construído com recursos do Centro Universitário de Adamantina. Foi construído também um anfiteatro e salas de aula. A autarquia de ensino adamantinense injetou R$ 1.924.894,30 nas obras. Já a Santa Casa destinou R$ 303.996,53 na execução do projeto estrutural e na “Gaiola de Faraday”, para a blindagem do local.
Ao Impacto, o reitor do Centro Universitário de Adamantina repercutiu a conquista. “A construção do setor de ressonância magnética é de extrema importância não apenas para qualificar a assistência à saúde no município de Adamantina e região, mas, também para impulsionar ainda mais a qualidade da aprendizagem dos alunos do Centro Universitário, ampliando os espaços de instrução prática para os cursos da área da Saúde, apoiando e estruturando os pilares fundamentais da FAI, nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Entendemos que essa parceria é mais um avanço para a consolidação do Hospital de Ensino na Santa Casa de Adamantina, pois ela é voltada para a população e todos precisam dela”, ressaltou o dirigente educacional.
A gaiola de Faraday desempenha um papel fundamental na ressonância magnética ao proteger o equipamento de interferências eletromagnéticas externas. Foi inventada por Michael Faraday, um físico e químico britânico do século XIX.
Faraday é conhecido por suas contribuições significativas para o campo da eletricidade e do magnetismo. Ele descobriu as leis da eletrólise, demonstrou a relação entre eletricidade e magnetismo, e também desenvolveu o conceito de campos magnéticos. A Gaiola de Faraday foi uma das muitas descobertas e contribuições notáveis do físico e químico britânico para a ciência e a tecnologia.
Veja algumas razões pelas quais a estrutura é importante e necessária para a ressonância magnética:
• Proteção contra interferências externas: A ressonância magnética é altamente sensível a campos magnéticos e radiofrequências. Interferências externas podem distorcer os sinais captados pelo equipamento, comprometendo a qualidade das imagens produzidas. A Gaiola de Faraday atua como uma blindagem, bloqueando essas interferências e garantindo que o campo magnético gerado pelo aparelho de ressonância magnética seja uniforme e estável.
• Preservação da qualidade da imagem: A qualidade da imagem produzida pela ressonância magnética depende da precisão e estabilidade do campo magnético. Interferências externas podem causar artefatos indesejados nas imagens, prejudicando a capacidade de diagnóstico dos profissionais de saúde. Ao isolar o ambiente da sala de exames da interferência externa, a Gaiola de Faraday ajuda a garantir a integridade e a qualidade das imagens obtidas.
• Segurança do paciente: Interferências externas podem não apenas comprometer a qualidade da imagem, mas também representar um risco de segurança para o paciente. Um campo magnético instável ou distorcido pode causar danos ao paciente, especialmente se estiver usando dispositivos médicos implantados ou se houver objetos metálicos presentes durante o exame. A Gaiola de Faraday ajuda a minimizar esses riscos, proporcionando um ambiente controlado e seguro para o paciente durante o procedimento de ressonância magnética.
• Conformidade com regulamentações: Em muitas jurisdições, existem regulamentações rigorosas que estabelecem os padrões de segurança e qualidade para equipamentos médicos, incluindo aparelhos de ressonância magnética. A instalação de uma Gaiola de Faraday é frequentemente uma exigência para cumprir essas regulamentações e garantir que o equipamento atenda aos padrões necessários de desempenho e segurança.