Uma jaguatirica morreu após ser atropelada na tarde desta terça-feira (27) na Rodovia Vicinal Vereador Osvaldo Campioni Ascêncio, em Martinópolis (SP), próximo ao pedágio que dá acesso ao Balneário Municipal Laranja Doce.
De acordo com a Polícia Militar Ambiental, os agentes foram acionados por pessoas que passavam pelo local. O animal, um macho adulto, foi recolhido pelo Corpo de Bombeiros.
Ainda segundo os policiais, o corpo da Jaguatirica foi encaminhado ao Laboratório de Taxidermia de uma universidade em Presidente Prudente (SP) e será utilizado para estudos.
Até o momento o motorista não foi identificado.
Conforme o decreto estadual nº 68.853, de 27 de novembro de 2018, a espécie, que leva o nome científico de Leopardus pardalis, está ameaçada de extinção, na categoria “vulnerável”.
Isso significa que se trata de uma espécie que “apresenta alto risco de extinção a médio prazo, em decorrência de alterações ambientais preocupantes ou de sua redução populacional, ou ainda, da diminuição da sua área de distribuição”.
A jaguatirica é um felino distribuído pelas Américas Central, do Norte e do Sul que tem como hábitat áreas de caatinga, cerrado e pantanal, mas, principalmente, florestas tropicais e subtropicais (inclusive matas de galeria).
Carnívora, alimenta-se de mamíferos de pequeno e médio portes, aves, répteis e peixes.
Procura um par somente na época de acasalamento. A gestação varia entre 70 e 85 dias, nascendo de um a quatro filhotes com peso entre 120 a 340 gramas.
De médio porte, os machos são maiores do que as fêmeas, podendo medir um metro, mais a cauda com até 40 centímetros, pesando entre oito e 15 quilos.
Tem coloração variável, de cinza-amarelado bem pálido ou amarelo-claro a um castanho-ocráceo.
As manchas negras tendem a formar rosetas abertas, desenhando traços longitudinais.
São animais solitários, de hábitos noturnos, e excelentes nadadores e escaladores de árvores.
O território de um macho adulto varia em torno de 18 km².