Voltaram a ser disponibilizados pelo governo federal nesta quarta-feira (27) – agora pelo Ministério da Economia – os dados do novo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mede o comportamento das demissões e contratações formais, com carteira assinada, no mercado de trabalho.
Para Adamantina, no período de janeiro a abril, o CAGED revela a ocorrência de 456 demissões e 328 contratações, o que gera um saldo negativo com 128 postos de trabalho a menos. É o primeiro indicador oficial que permite mensurar os reflexos da pandemia da Covid-19 e a retração da economia, nos empregos formais.
Das 456 demissões registradas nos primeiros quatro meses do ano, em Adamantina, a maior parte ocorreu na indústria de transformação, com 255 desligamentos. O CAGED não traz mais detalhamento, mas essas demissões ocorreram sobretudo na indústria da confecção. Em seguida aparece o segmento do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 93 demissões.
Em paralelo, foram feitas 328 contratações o mesmo período. A maioria delas, no total de 193, no segmento de agricultura e pecuária. Depois, o próprio setor de do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas respondeu pelo segundo volume de admissões, com 42 contratações.
Na média final, o número de demissões (456) é maior do que as contratações (328), o que geram segundo o CAGED, o saldo negativo de menos 128 postos de trabalho na cidade.
Brasil perde mais de 860 mil empregos formais em abril
No país, segundo a Agência Brasil, as demissões superaram as contratações com carteira assinada em 860.503 postos de trabalho, em abril. Foram 1.459.099 desligamentos e 598.596 contratações, segundo o CAGED, O saldo de abril foi o pior da série histórica iniciada em 1992.
De acordo com o Ministério da Economia, os dados mostram que a queda no número de contratações contribuiu de forma expressiva para o saldo negativo de empregos formais.
Enquanto as demissões tiveram um incremento de 17,2%, as admissões caíram 56,5% na comparação com abril de 2019. Em valores nominais, São Paulo teve o pior desempenho, com saldo negativo (mais demissões do que contratações) de 260.902. O estado é seguido por Minas Gerais com 88.298 demissões (descontadas as contratações); Rio de Janeiro, 83.626, e Rio Grande do Sul, 74.686.
Em março, mês de início das medidas de isolamento social devido à pandemia da covid-19, o saldo de emprego formal ficou negativo de 207.401. Foram 1.316.655 admissões e 1.524.056 desligamentos.
De janeiro a abril de 2020 foram 4.999.981 admissões e 5.763.213 demissões no país, com resultado negativo de 763.232. As admissões caíram 9,6% e as demissões subiram 10,5% no período, comparado ao primeiro quadrimestre de 2019.