Os dados estatísticos da Secretaria Estadual de Saúde são preocupantes, especialmente no caso da chikungunya, doença viral transmitida pela picada do mosquito “Aedes aegypti”.
O município soma 2.095 casos confirmados da doença em 16 semanas de pesquisas neste ano, com 3.883 casos prováveis e 1.788 em investigação. Por enquanto, 926 casos foram descartados.
Neste ano, ainda foram confirmados 4 óbitos, havendo dois casos em investigação ainda.
Mas a maior preocupação ainda é com relação ao número de casos registrados, pois muitos dos tupãenses que adquiriram a chikungunya, não procuraram nenhuma unidade de saúde e muito menos fizeram testes. Com isso, na verdade os números podem ser bem maiores que os dados estatísticos divulgados.
O que vem causando muitas indagações é a motivação de tantos casos de chikungunya, considerando que o município tem mais da metade dos registros entre todos os municípios paulistas.
Uma das explicações pode estar no grande número de prédios abandonados, como os do “Mercadão”, antiga Clínica Dom Bosco, antigo IPT e antiga Esefap, entre outros. Isso porque esses prédios contam com reservatórios de água, por exemplo, onde o mosquito pode se proliferar.
O elevado número de casas fechadas e muitas abandonadas também pode explicar a facilidade na procriação do mosquito e transmissão do vírus.
A doença
A chikungunya é uma arbovirose causada pelo alphavírus CHIKV. O nome chikunguña vem do makonde, uma língua bantú do Sul de Tanzania e do Norte do Mozambique, e significa “enfermedad del hombre retorcido”.
Trata-se de doença febril causada por um vírus caracterizada por dores fortes, especialmente nas articulações. Os sintomas duram até sete dias, mas em alguns casos o período pode ser estendido.
A chikungunya significa “aqueles que se dobram”, fazendo referência à aparência dos pacientes atendidos na região da Tanzânia, onde ocorreu a primeira epidemia documentada desta doença.