O Procon de Marília notificou nos últimos dias todos os 63 postos de combustível cadastrados na cidade. O motivo é o aumento brusco nos preços praticados.
As empresas têm 10 dias úteis para apresentarem documentos solicitados, como notas fiscais de venda e planilha de evolução dos preços dos últimos 180 dias.
"Vamos analisar o material e, dependendo do que for apurado, pode ser arquivado ou encaminhado a quem de Direito", afirma o coordenador do Procon local, Guilherme Moraes.
A suspeita é de prática abusiva e as notificações aconteceram depois de queixas recebidas pelo órgão de defesa do consumidor. Recentemente o Marília Notícia divulgou o pedido de Guilherme para que a população apresentasse denúncias.
Recentemente a regional Marília do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado São Paulo (Sincopetro) criticou a ofensiva do Procon.
Em entrevista ao site o presidente da entidade patronal, Gustavo César Henrique da Silva, defendeu que os postos apenas repassam os preços. O "Procon tem que notificar usinas", disse na ocasião.
Levantamento
No final do mês passado o MN fez uma levantamento das dez semanas anteriores nas pesquisas de preços feitas pela Agência Nacional do Petróleo, Biocombustível e Gás Natual (ANP).
A pesquisa mostrou que o preço médio do etanol comprado nas distribuidoras pelos donos de posto subiu, mas a margem em relação ao preço revendido ao consumidor subiu muito mais naquele período.
No começo de fevereiro, por exemplo, os donos de posto ganhavam em média R$0,28 por litro de etanol revendido. No dia 13 de abril, esse ganho subiu para R$0,48.
No caso da gasolina o preço sofreu altas e baixas no período e a diferença do valor entre distribuidora e posto saiu de R$ 0,49 por litro para R$ 0,50.