A mãe da pequena Laura de apenas 1 ano e 4 meses utilizou as redes socais nesta segunda-feira (22) para alertar outros pais sobre o contágio de doenças provenientes da areia de parques e praças da cidade.
Andrea Moreno relatou que, como de costume, levou a filha para brincar na "Praça do Abarca". No entanto, a menina desenvolveu uma ferida no pé, que piorava a cada dia.
"Foram 10 dias de sofrimento indo e vindo do hospital, passamos várias madrugadas em claro no hospital, ela sofreu tanto que cortava o coração, chorávamos juntos de ver o desespero dela, e a infecção só aumentando no corpo todo", desabafou em sua publicação.
Em contato com a reportagem, ela disse ter ido várias vezes no Hospital São Francisco de Assis, mas os médicos não souberam diagnosticar o problema de sua filha.
"Eu já suspeitava que era bicho geografico, porém eles não davam ouvidos. Entupiram ela de remédios que não havia necessidade", contou.
Ainda segundo Andrea, a criança teria contraído bicho geográfico nas mãos e nós pés e, como não foi remediada logo, a doença também se espalhou nos braços e cabeça.
O diagnóstico só foi feito após contato de Andrea com um médico dermatologista da cidade. "Liguei para ele e na mesma hora foi em minha casa e já passou os medicamentos corretos".
Viralizou
O relato de Andrea viralizou nas redes sociais. Até o fechamento desta matéria, a postagem já possuia mil curtidas e mais de 800 compartilhamentos. "Precisamos alertar tanto os pais, quanto tentar conseguir fazer cercar o parquinho e trocar a areia", disse. "Muitas mães vieram me falar que os filhos estão (com bicho geográfico), devido à Praça do Abarca e da CECAP", completou Andrea.
Informada do caso, a prefeitura disse que irá verificar a possibilidade de trocar a areia do parquinho onde houve o contágio.
Bicho geográfico
O Bicho geográfico, também chamado de larva migrans cutânea, é um parasita que causa lesões na pele semelhantes a rastros elevados e sinuosos. Ele pode surgir em decorrência do contato direto da pele com larvas do parasita do gênero Ancylostoma. O problema é mais comum em crianças, mas também pode afetar adultos.
O contato com solos que foram previamente frequentados por cães e gatos infectados com o ancilóstomo é a principal forma de contágio, visto que as fezes dos animais contêm ovos do parasita. Entre os ambientes mais propícios para a infecção, estão praias e caixas de areia de parques infantis.