Infelizmente, as buscas pelo aposentado Elias Nogueira, de 70 anos de idade, que estava sumido desde o último dia 24 de julho não tiveram um final feliz.
O corpo do idoso, que sofria de mal de Alzheimer, foi encontrado no córrego Córrego Santa Estela, na zona rural, à margem da rodovia vicinal que liga Tupã ao distrito de Juliânia, em Herculândia e também à cidade de Queiroz.
O encontro foi realizado com apoio de um grupo de voluntários da cidade de Marília, chamado de SICOE (Sistema Integrado de Operações em Comando), que foi acionado pela família do senhor Elias.
Em entrevista ao repórter Nilton Mendonça, Vitor Kawakami, que é representante da equipe, contou que o pedido de ajuda partiu de um familiar da vítima e que por volta das 8h as buscas já tiveram início, junto ao Corpo de Bombeiros e o Tiro de Guerra.
"A nossa equipe se espalhou pelo local e eu esqueci um objeto na vegetação e voltei para pegar. Na volta, passei por uma cerca e avistei o corpo deste senhor que infelizmente já estava sem vida, caído dentro de um córrego", relatou.
O SICOE é uma instituição sem fins lucrativos, especializada na busca de pessoas desaparecidas em região de mato. "Nós somos uma entidade da cidade de Marília e atuamos em todos os tipos de buscas, pessoas desaparecidas em mato e desastres", explicou Vitor.
O delegado plantonista da Central de Polícia Judiciária de Tupã (CPJ) nesta quarta-feira, o delegado Paulo César Pardo Soares, esteve no local onde o corpo foi encontrado e deu detalhes a respeito da ocorrência que irá ensejar a abertura de um inquérito policial sobre o desaparecimento e a causa da morte do idoso.
"A vítima foi encontrada caída à margem de um córrego a uns 800 metros da rodovia Tupã/Queiroz, já sem vida. A perícia foi acionada, o Boletim de Ocorrência foi registrado e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico. A perícia poderá dizer com toda a certeza do que a vítima faleceu, se foi de um mal súbito, afogada, ou qualquer outro tipo de classificação", informou.
"A vítima era acometida de alzheimer, razão pela qual teve dificuldade para voltar ao lar. Infelizmente o final não foi como esperávamos, mas ao menos neste momento teve fim o sofrimento da vítima, pois pior do que uma pessoa morta na família é uma pessoa desaparecida, porque sempre haverá um ponto de interrogação sobre o que aconteceu com esta pessoa", finalizou o delegado de polícia.