A Desenvolve SP - O Banco do Empreendedor, instituição financeira do Governo de São Paulo, presenteia empresários, gestores públicos, estudantes e a sociedade paulista como um todo, com a divulgação de um estudo, inédito, sobre as características econômicas de cada uma das 16 Regiões Administrativas (RAs) do Estado. O objetivo do mapa é possibilitar que o público conheça ainda mais as características específicas da sua respectiva região e, dessa forma, possa utilizá-las entre outros aspectos para empreender de forma mais assertiva e planejada.
Encomendado à Fundação Seade, instituição que é referência na produção de estatísticas socioeconômicas e demográficas, o estudo identificou as potencialidades, desafios e oportunidades das 16 RAs e, agora, a Desenvolve SP disponibiliza essas informações para mostrar São Paulo sob uma nova perspectiva.
Para realizar a análise dos setores estratégicos foram considerados indicadores importantes ligados à Competitividade Regional (geração de empregos), ao Porte das Empresas Locais (por empregados), ao Dinamismo (faturamento das empresas) e ao Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). Anúncios de investimentos produtivos divulgados na imprensa também fizeram parte do estudo e ajudaram a apontar tendências setoriais e regionais da economia paulista.
A Região de Prudente
Além de contar com uma estrutura industrial voltada para a agroindústria, muito ligada à produção de açúcar e biocombustível, a RA de Presidente Prudente também se destaca pelas atividades pecuárias como o abate bovino e seus derivados, situando a região como uma das maiores exportadoras nacional do produto. A presença de aglomerados produtivos nos setores de confecções e vestuários, couro e calçados e móveis são outros destaques da economia local.
O Mapa da Economia Paulista levantou como é a distribuição de empregos nos setores estratégicos das indústrias na região. Os quatro primeiros lugares juntos somam aproximadamente 76% do total dos postos de trabalho formal. Na ordem está o segmento de alimentos, com quase 40% do total, seguido das empresas de biocombustíveis, com pouco menos de 20%, têxteis, com cerca de 10% e calçadistas com 8%. "Nota-se ainda que boa parte dos empreendimentos que atuam nessas áreas é de grande porte, o que representa a oportunidade de investimentos mais robustos, planejados e sustentáveis no entorno de Presidente Prudente", diz Nelson de Souza, presidente da Desenvolve SP.
Outro dado que merece atenção dos empreendedores é referente às exportações por intensidade tecnológica. Mais de 90% dessas saídas são de origem das indústrias de baixa tecnologia, número quase três vezes maior do que a média estadual. "São levantamentos como esse que contribuem para o empresário identificar oportunidades e ameaças para quem planeja investir em no aumento da produtividade e competitividade de sua empresa", complementa Souza.
Vale ressaltar que dentro da RA de Presidente Prudente o segmento de Biocombustíveis é um Polo de Desenvolvimento do Estado (programa do Governo paulista que impulsiona a competitividade e a produtividade de setores já instalados de forma aglomerada no território).
De olho nas oportunidades
Ainda segundo Souza, o estudo vai pautar a instituição financeira na definição de estratégias para impulsionar a indústria paulista nos próximos anos. "Por ser uma agência de fomento, a Desenvolve SP está sempre atenta às necessidades das micro, pequenas e médias empresas. Nossa intenção é usar as informações obtidas pelo estudo como base para criar produtos e iniciativas que incentivem cada vez mais o desenvolvimento planejado da economia estadual", diz.
A RA de Prudente conta com um indicador de longevidade e escolaridade superiores aos do Estado, segundo o IPRS (indicador inspirado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que exprime sinteticamente um conjunto de dimensões para mensurar as condições de vida da população), o que representa uma força extra para os empresários aproveitarem as oportunidades de negócios mapeadas para a região.
Os investimentos na renovação dos canaviais com o cultivo de novas espécies de cana e na agricultura de precisão, com maior grau de informatização e conectividade nas atividades das empresas, são alguns dos itens levantados pelo estudo como oportunidades que destaca também o setor de energias renováveis. "Com a previsão de instalação de três parques solares em Dracena, conforme aponta o estudo, o entorno de Presidente Prudente tem nas mãos a possibilidade de ser um grande destaque paulista na chamada 'economia verde', fonte de desenvolvimento sustentável tanto para a sociedade quanto para a economia", diz Souza.
Metodologia
O estudo, disponibilizado na íntegra no site www.mapadaeconomiapaulista.com.br, utilizou a seguinte metodologia:
- Para a seleção de setores: Indicadores de Localização e Especialização por Regiões Administrativas (RAs);
- Para a avaliação de setores: Competitividade (geração de empregos), Porte das Empresas e Dinamismo (faturamento real);
- Análise SWOT: Demografia; IPRS; Estrutura Dinâmica e Econômica; Capital Humano;
Notas Técnicas
Setores selecionados: Para a realização do trabalho, foram selecionados alguns setores considerados competitivos e dinâmicos.
- Setores competitivos: aqueles que possuem concentração de emprego maior que a média estadual e elevado grau de especialização para a região;
- Setores dinâmicos: aqueles que apresentaram crescimento relevante do faturamento real entre 2010 e 2017.
Análise SWOT: SWOT é a sigla dos termos ingleses Strengths (Forças), Weakness (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Trata-se de um método de gestão para o estudo dos ambientes interno e externo através da identificação e análise dos pontos fortes e fracos de uma região, por exemplo, e das oportunidades e ameaças às quais ela está exposta.
Por meio da análise SWOT realizada para este estudo, obteve-se um gráfico principal que apresenta, em um mapa de dispersão, o desempenho de setores selecionados levando em consideração a participação dos empregos formais industriais e o crescimento do faturamento real entre 2010 e 2017 nas respectivas regiões. Além disso, para identificar a relevância dos setores selecionados na produção de riqueza, o trabalho apresenta também a composição do Valor Adicionado Fiscal (VAF) para cada região administrativa.