Rotineiramente surgem reclamações devido à demora por atendimento no pronto socorro da Santa Casa de Adamantina. Nos últimos três meses foram 15.407 acolhimentos realizados pelo local, uma média de 171 casos por dia, sem considerar os retornos ou as reavaliações do paciente. Resultado: demora devido à grande demanda.
Os serviços de pronto atendimento, ou pronto socorro, como o próprio nome diz, foram criados para atender rapidamente as pessoas em situações críticas. No entanto, por serem abrangentes e disponíveis 24 horas por dia, muitas vezes são usados em substituição ao consultório médico, o que não é o ideal.
De julho a setembro, apenas 146 atendimentos foram considerados de urgência ou emergência. A grande parte da demanda é de atenção primária, gerando a situação de queixa e insatisfação.
Frei Mateus Alves, administrador do hospital, ressalta que todos os pacientes que procuram a unidade são atendidos. Porém, solicita compreensão e conscientização da comunidade. “Será que realmente é o local correto para o atendimento? Esse deve ser o questionamento a ser feito, mas, claro, quando está com dor não queremos esperar o outro dia para ser atendido em uma unidade básica de saúde. O pronto socorro é a casa de saúde da população, mas temos que avaliar, pois, também, é o local mais propício para se pegar uma doença devido à grande circulação de pessoas enfermas”, explica.
Ainda, segundo o gestor, estão disponíveis três médicos no período diurno, sendo dois plantonistas e um preceptor, e outros dois à noite para atender a comunidade. “Estamos falando de cerca de 170 atendimentos todo dia. Eles [médicos] também têm que se alimentar, descansar um período para realizar o atendimento de forma mais correta. Muitas vezes a população chega 2 horas da tarde e reclama que o plantonista não está, porém, não vê que ele iniciou o atendimento às 7 horas da manhã e está direto até aquele horário, sem alimentação. Por isso pedimos a compreensão. Sabemos que muito ainda precisa ser feito, mas trabalhamos para melhorar, a cada dia, a situação do atendimento em nosso pronto socorro. E contamos com apoio da comunidade”, pontua Frei Mateus.
Outro ponto destacado é em relação a classificação de acolhimento realizado pela equipe da Santa Casa. “O paciente chegar antes não significa que será atendimento primeiro. É realizada uma avaliação, e os casos considerados mais graves possuem prioridade. O procedimento é padrão nos hospitais de todo o país”, ressalta.
Frei Mateus finaliza dizendo que a Santa Casa caminha para um destino promissor, ressaltando que é necessário o apoio e compreensão de toda a cidade. “A Santa Casa depende da população e a comunidade, do hospital. Temos que caminhar juntos na construção de um local cada vez melhor, já que é o primeiro local a ser procurado quando necessitamos de atendimento”.