O economista Eder Canziani faz um alerta para que as pessoas mantenham o "equilÃbrio" nos gastos no ano que vem para que consigam chegar ao fim de 2018 “de cabeça mais erguida” na comparação com 2017 que está prestes a terminar.
Ele é entrevistado de uma série de reportagens que o SPTV 2ª Edição, da TV Fronteira, começa a exibir a partir desta quarta-feira (27) com um balanço do que foi o ano de 2017 na região de Presidente Prudente e falou com exclusividade ao G1 sobre dicas econômicas para 2018 (veja vÃdeo aqui).
"Agora chegou o momento de nós pensarmos 2018. E para chegarmos lá esperamos que no final de 2018 também possamos estar de cabeça mais erguida. Mas para que isso aconteça nós temos de manter o equilÃbrio. Primeiro: gastar o que nós temos. Quer dizer, não podemos gastar mais do que nós recebemos. Os meios de pagamentos se formam em cima da nossa renda. Tem muitas pessoas que procuram viver com recursos de terceiro. Eu não aconselho"., salienta Canziani.
"A taxa [básica de juros] Selic baixou, mas no mercado, não. Ela baixou só lá. Hoje ela está representando 7% ao ano, mas vamos imaginar quanto nós pagamos no cheque especial? Quanto pagamos no cartão de crédito quando vamos usar o crédito? Quanto nós vamos pagar por uma compra de um bem financiado? Tudo isso aà não deixa de ser uma pergunta que se faz.", complementa o economista.
Canziani reforça que os consumidores precisam ter cautela nos gastos em 2018 para evitar problemas financeiros.
"A partir do momento em que nós ainda não chegamos em bons resultados, convém a nós, como consumidores, termos cautela. Vamos gastar, sim, a economia precisa. Nós recebemos salário graças ao movimento da moeda. A moeda se movimenta porque é um instrumento de troca. Nós passamos a moeda para um terceiro, ele nos passa a mercadoria ou serviço e ele vai procurar circular essa moeda. Ele vai sempre correndo com a moeda e nós vamos correndo com o consumo. Só que para nós termos consumo nós precisamos de moeda. Então, o problema está aÃ, porque enquanto não melhorarmos a nossa renda nós não poderemos melhorar o nosso consumo.", conclui o economista.