A Secretaria Municipal de Saúde de Adamantina confirmou no início da tarde desta quinta-feira (24) ao Siga Mais a ocorrência de um caso de sarampo na cidade, em um bebê de 12 meses, no bairro Parque Tangará. Até então eram quatro casos suspeitos que aguardavam resultados, sendo este positivo e dois negativos. Um caso ainda aguarda resultado.
Sobre as medidas adotadas em relação ao caso confirmado, o secretário municipal de saúde, Gustavo Taniguchi Rufino destaca que no momento em que o quadro suspeito foi informado ao serviço de saúde, foram adotadas todas as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, como por exemplo a imunização de todos aqueles que tiveram contato recente com a criança, bem como os familiares foram orientados sobre as medidas de higienização e cuidados.
O anúncio do caso de sarampo em Adamantina acontece em meio à campanha nacional de vacinação, que foi iniciada dia 7 de outubro. O calendário divulgado no início do mês informa que a campanha termina nesta sexta-feira (25). A vacina é aplicada em crianças a partir de 6 meses e com menos de 5 anos. "Pedimos a todos os pais que levem seus filhos para receber a dose da vacina, dentro da campanha ou em qualquer período posterior", diz Gustavo. "Reforçamos que é importante que haja consciência e iniciativa pela vacinação, pois uma dose pode salvar vidas", completa.
Gustavo diz ainda que além das medidas já adotadas em torno do caso confirmado - ainda na situação de caso suspeito - há um trabalho desenvolvido a campo pelos agentes comunitários de saúde, que em suas visitas domiciliares têm orientado os pais sobre o calendário de vacinal, inclusive realizando a checagem das carteiras de vacinação.
Campanha
Nessa etapa da campanha nacional é aplicada a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. O público-alvo da campanha deve ser levado aos postos de saúde, preferencialmente com a carteirinha de vacinação, para que um profissional verifique a necessidade de aplicação da dose.
O calendário nacional de vacinação prevê a aplicação da tríplice aos 12 meses e também aos 15 meses para reforço da imunização com a tetraviral, que protege também contra varicela. Neste ano, os bebês com menos de 12 meses também devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada no calendário.
Saiba mais sobre a doença
O site da Secretaria Estadual de Saúde publica um conjunto de orientações sobre o sarampo. Os temas estão organizados em perguntas e respostas, e ajudam o público a identificar a doença, além de orientar sobre meios que possam evitá-la, sinais da doença, tratamento, e outras dicas. Veja:
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença viral aguda, altamente contagiosa, que cursa com febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular). O sarampo pode ser acompanhado de complicações sérias, principalmente em crianças menores de cinco anos, adultos maiores de 20 anos ou pessoas com algum grau de imunodepressão.
Como eu posso contrair o sarampo?
A transmissão é direta de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar e que permanecem dispersas no ar, principalmente em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches, clínicas, meios de transporte. As pessoas infectadas são geralmente contagiosas cerca de 5 dias antes do aparecimento da erupção cutânea até 5 dias depois.
Quanto tempo após a exposição ao doente aparecem os sintomas do sarampo?
Os sintomas aparecem em média de 10-12 dias desde a data da exposição.
Quais são os sinais e sintomas?
O primeiro sinal do sarampo é a febre alta que dura de quatro a sete dias, acompanhada de coriza, tosse, olhos avermelhados. Após alguns dias surgem manchas avermelhadas na pele, com início na face e atrás do pescoço, progredindo em direção aos membros inferiores, duração de aproximadamente três dias, e desaparece na mesma ordem de aparecimento.
Quais são as possíveis complicações do sarampo?
O sarampo pode evoluir com complicações entre crianças menores de cinco anos de idade, sobretudo nas desnutridas, em adultos maiores de 20 anos, em indivíduos com imunodepressão ou em condições de vulnerabilidade. As complicações que podem ocorrer são a otite média, broncopneumonia, diarreia e encefalite. O óbito é decorrente de complicações, especialmente a pneumonia e a encefalite.
Existe tratamento para o sarampo?
Não há tratamento específico para o sarampo, apenas sintomático. As complicações devem receber tratamento de suporte e antibioticoterapia para as infecções secundárias.
Como prevenir o sarampo?
A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba. No calendário de vacinação de rotina, a primeira dose deve ser administrada a toda criança de um ano de idade e uma segunda dose a crianças de 15 meses. Os adolescentes e adultos jovens até 29 anos de idade devem ter duas doses da vacina, e os adultos que nasceram após 1960, pelo menos uma dose, de acordo com os calendários de vacinação de adolescentes e adultos do Estado de São Paulo. A vacina tríplice viral é recomendada aos profissionais da educação, da saúde, viajantes, além de profissionais que atuem no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, e outros que mantenham contato com viajantes internacionais. A vacina encontra-se disponível em todas as unidades de saúde do estado. Esta vacina não é recomendada para crianças menores de seis meses, gestantes e pessoas imunodeprimidas.
O sarampo é um problema no Brasil?
O Brasil recebeu a certificação de eliminação do sarampo em 2016. No entanto, o sarampo ainda é endêmico em vários outros países, como os da Europa, da África e da Ásia, existindo desta maneira o risco de importação para o Brasil do vírus destes locais onde o controle da doença ainda não existe. Nas Américas, um surto de sarampo iniciado em 2017 se mantém em curso na Venezuela e, em 2018 no Brasil, desde fevereiro de 2018, casos de sarampo foram confirmados nos Estado de Roraima, Amazonas, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Para a completa proteção da população recomenda-se:
Avaliação e atualização da carteira de vacinação.
Atenção:
Indivíduos com febre e manchas avermelhadas no corpo (exantema):
Procurar imediatamente serviço médico, manter isolamento social, evitando o contato desnecessário com outras pessoas que possam não estar protegidas por vacina.
Reforçar as medidas de higiene pessoal e do ambiente.
Todo caso suspeito de sarampo deve ser notificado imediatamente à Secretaria Municipal de Saúde.