Na última quarta-feira (7) o Tribunal de Júri condenou réu Marcelo Henrique Castilho Vitorino, vulgo "Marcelinho", por torturar e matar criança de dois anos de idade na cidade de Andradina. Os jurados acolheram a tese do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) de que Vitorino não só torturou o filho de sua companheira, mas também foi o responsável pela lesão que provocou a morte. Ele foi condenado à pena de 28 anos, dez meses e 16 dias, sendo 21 anos pelo homicídio e sete anos, dez meses e 16 dias pela tortura.
O réu teve um relacionamento efêmero com a mãe da criança em 2016, período em que a vítima começou a apresentar hematomas pelo corpo. Ele alegava que ela havia caído e se machucado sozinha. Em 14 de novembro de 2016, um dia depois do rompimento do relacionamento, Vitorino, que ainda não havia saído da casa, agrediu a criança com um forte golpe na região abdominal. Ele acordou a companheira, dizendo que a vítima havia caído do sofá e não estava bem. O bebê, que chegou morto ao hospital, apresentava diversas lesões pelo corpo e alguns hematomas antigos e outros recentes.
Em exame necroscópico, o médico legista do Instituto de Criminalística do Estado atestou como causa da morte "anemia aguda devido rotura hepática do hilo renal direito por ação de instrumento contundente (forte ação contundente)". Os familiares da vítima já desconfiavam que a criança vinha sendo agredida, mas não houve tempo hábil para impedir o homicídio.
A denúncia foi oferecida pela promotora de Justiça Rubia Prado Motizuki, a instrução da primeira fase do processo foi realizada pelos promotores Regislane Topassi, Bruno Morais Ferreira e Daniel Henrique da Silva Miranda e o plenário do Júri foi realizado pelo promotor Fabrício Pereira de Oliveira.