Investigações da Operação Judas Iscariotes revelam intenção de traficante de matar a própria mãe

23/11/2017 08h58 Mulher compareceu à Delegacia da Polícia Civil, em Rosana, e delatou que o filho manteria drogas para a comercialização em uma casa vizinha.
Redação - Fonte: G1, Rosana - SP
Investigações da Operação Judas Iscariotes revelam intenção de traficante de matar a própria mãe Operação Judas Iscariotes foi realizada em Rosana. (Foto: Cedida/Polícia Civil)

Uma interceptação telefônica realizada com autorização judicial, em Rosana, revelou que um dos traficantes de drogas presos na Operação Judas Iscariotes tinha a intenção de matar a sua própria mãe pelo fato de ela ter registrado um Boletim de Ocorrência em que delatava o filho à Polícia Civil.

Segundo as investigações realizadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Polícia Civil, a mulher compareceu à delegacia da cidade e relatou que seu filho manteria, em uma casa vizinha à sua, drogas em sua posse para a comercialização.

Na conversa telefônica interceptada pela Operação Judas Iscariotes, o acusado, de 19 anos, comenta com seu pai a sua intenção de comprar uma arma para matar a sua própria mãe.

Segundo o MPE, ao ser questionado sobre o relato apresentado pela mãe, o envolvido confessou que realmente guardava drogas naquela casa, contudo, alegou que eram destinadas ao seu consumo, "versão que não condiz com os elementos informativos colhidos nos autos".

Na denúncia oferecida ao Poder Judiciário, o promotor de Justiça Renato Queiroz de Lima apontou que “resta evidente” que o rapaz "é traficante de drogas e está associado com os demais acusados para fins de tráfico de drogas, sendo pessoa violenta, eis que tem intenção, inclusive, de comprar arma de fogo e matar sua mãe".

Esse foi um dos fatores levados em consideração pelo juiz da Vara Única do Fórum da Comarca de Rosana, Ricardo Baréa Borges, para converter nesta terça-feira (21) a prisão temporária do acusado em prisão preventiva.

"Tais fatos justificam a conversão da prisão temporária em prisão preventiva, para evitar a prática de outros crimes, bem como garantir a instrução processual.", determinou o magistrado.

"Assim, considerando que tais elementos demonstram a existência de fortes indícios da participação do representado ora analisado na organização criminosa voltada à prática de tráfico ilícito de entorpecentes, a representação quanto a prisão preventiva merece acolhida.", salientou o juiz.

Comente, sugira e participe:

Cadastre seu WhatsApp e receba notícias diariamente pelo celular