Adamantina foi a cidade que mais gerou oportunidades; presidente do Sincomercio avalia resultadoFormada por 14 cidades, a microrregião de Adamantina demitiu mais do que contratou trabalhadores com carteira assinada em 2023. O resultado negativo, do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foi impulsionado por Lucélia, que, sozinha, fechou 1.263 postos de trabalho no último ano.
Divulgado na última terça-feira (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o levantamento mostra que o setor de serviços foi o responsável pela maior parte dos desligamentos em Lucélia. Outros três municípios também tiveram resultados negativos, sendo Flórida Paulista (-60 empregos), Pracinha (-27) e Sagres (-2).
Com isso, a região demitiu 256 trabalhadores. Já as outras 10 cidades fecharam 2023 com saldo positivo.
O maior crescimento do emprego formal na microrregião ocorreu em Adamantina, com a criação de 473 postos. No acumulado dos últimos três anos, o Município abriu 2.023 novas vagas.
No ano passado, o setor de serviços impulsionou a geração de empregos na cidade. “Os números refletem a volta da atividade econômica no pós-pandemia. E o setor de serviços, o mais impactado por este período, retomou com força, principalmente os segmentos vinculados aos eventos”, pontua o presidente do Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato do Comércio Varejista), Sérgio Vanderlei.
Ainda, segundo o sindicalista, o contexto de Adamantina contribui para o crescimento do emprego neste setor. “A nossa cidade se destaca pela vida social ativa. São inúmeros eventos realizados e, independentemente do porte, gera emprego e renda ao Município, já que movimenta a economia”.
O Caged mostra também que 318 dos 473 postos gerados no passado foram ocupados por mulheres. Já as faixas etárias com mais contratações foram de 18 a 24 anos e menores de 17 anos. “Estes números mostram a importância social dos setores de serviços e comércio em uma cidade do porte de Adamantina. São segmentos que dão a oportunidade do primeiro emprego, que formam os trabalhadores. E quando se fala em contratação de mulher o impacto social é ainda maior, já que geralmente se refere a complementação de renda familiar”, explica o presidente do Sincomercio.
Sérgio Vanderlei pontua, também, o crescimento econômico atrelado a geração de emprego nestes setores. “Nos últimos anos, as Convenções Coletivas de Trabalho garantiram ganhos maiores que a inflação. Isso significa poder de ganho aos trabalhadores, que injetam o dinheiro em outras áreas, girando a economia”, finaliza.