O Teste de Integridade realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) em 33 urnas, no domingo (6), foi concluído e confirmou que o sistema eletrônico de votação registrou corretamente os votos de eleitores e eleitoras. Trinta máquinas passaram por análise no Centro Cultural São Paulo, área central da capital, e outras três foram inspecionadas no teste com biometria na Universidade Paulista (Unip), na mesma região. A diferença do teste padrão para a auditoria com biometria é que, na análise com identificação biométrica, eleitores voluntários liberaram as urnas com as suas impressões digitais.
As urnas que participaram dos testes foram sorteadas no sábado (5) em cerimônia realizada no TRE-SP. Uma urna eletrônica de Adamantina foi sorteada e encaminhada a São Paulo.
De acordo com a presidente da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica do TRE-SP, desembargadora Claudia Fanucchi, o teste é fundamental para mostrar que as urnas são confiáveis. “Os equipamentos têm se mostrado infraudáveis desde o início da sua utilização e sempre vêm sendo usados sem nenhum indício de comprometimento”, afirmou a magistrada, que acompanhou o teste no Centro Cultural São Paulo.
Para o juiz Ronnie Herbert Barros Soares, que também integra a Comissão de Auditoria do Tribunal e acompanhou o Teste de Integridade com biometria na Universidade Paulista (Unip) — Paraíso, a inspeção é importante para demonstrar que o sistema das eleições é seguro e permite a correta identificação do eleitor.
O magistrado ainda explicou as etapas do procedimento. “Fazemos a validação da biometria para mostrar a segurança do voto. O eleitor convidado para o teste compareceu aqui voluntariamente e fez a sua identificação biométrica. Verificada a identificação, foi sorteada uma cédula retirada de uma urna previamente preenchida pelos bandeirantes, que nos auxiliaram nesse processo. Depois, os números da cédula foram lançados no sistema. No fim da votação, checamos a verificação dos dados lançados para ver se batem com as cédulas. Tudo isso para dar segurança ao eleitor”, relatou.
As cédulas de papel usadas no teste foram preenchidas com votos, na véspera do pleito, por representantes dos partidos e escoteiros voluntários da Federação de Bandeirantes. As cédulas ficaram guardadas em urnas de lona lacradas e, neste domingo, os votos anotados nelas foram digitados, um a um, nas urnas eletrônicas por servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público. Todas as etapas do teste foram gravadas em vídeo e acompanhadas pelas entidades fiscalizadoras.
Após às 17h, o resultado da votação das urnas eletrônicas foi comparado com o da apuração manual e comprovou o adequado funcionamento do sistema eletrônico. A desembargadora Claudia Fanucchi fez um agradecimento a todas as pessoas que participaram do teste. “É um trabalho valorizado por todos nós. Vocês foram um time de sucesso, exibindo excelência profissional demonstrada com entusiasmo de quem acaba de iniciar um dia de trabalho”, disse a presidente da Comissão de Auditoria. Cerca de 350 pessoas participaram da realização dos testes.
Os preparativos para as análises começaram no sábado (5), com o sorteio e a escolha das urnas que seriam submetidas à verificação pelas entidades fiscalizadoras. Uma urna de Adamantina foi sorteada e encaminhada a São Paulo. A cerimônia contou com a presença de representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Polícia Federal (PF), da Câmara Municipal, do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP), do Tribunal de Contas do Estado (TCE), entidades do Sistema S e da Sociedade Brasileira de Computação, entre outras.
Representantes da Transparência Eleitoral Brasil e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), duas das instituições que compõem as Missões de Observação Eleitoral Nacional, acompanharam a cerimônia. Os Testes de Integridade estão previstos na Resolução nº 23.673/2021 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).