Teve início ontem, em toda a região de Presidente Prudente, a nova fase da chamada quarentena, que segue até 14 de julho e impede a flexibilização de atividades comerciais nos 53 municípios. A fase vermelha, que é a mais rígida, já foi motivo de reuniões entre autoridades da região, mas os encontros, além de outras tratativas realizadas no âmbito virtual, e que não tiveram sucesso, desmobilizaram novas tentativas de reverter o cenário.
O presidente da Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema), Jorge Duran, por exemplo, comentou ontem para a reportagem deste diário que não houve novos avanços na conversa com o Estado, visto que os últimos pedidos foram "infrutíferos" no diálogo com o governo. Anteriormente, Duran já havia classificado o Plano São Paulo como “uma falácia que atende a interesses não científicos” e disse que questões políticas estão sendo utilizadas para flexibilizar a economia em outras regiões. "Infelizmente, aqui na região de Presidente Prudente o governador ignora todos os apelos e não faz a sua parte no combate da pandemia", pontuou na ocasião.
Decreto deve ser obedecido
O presidente da Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista), Edmar Mazucato, por sua vez, já havia comentado também que dificilmente a região teria novas tentativas de reverter o cenário, visto que, segundo ele, o Ministério Público entende que o decreto estadual deve ser obedecido. Para a reportagem, ele chegou a mencionar as tentativas de algumas entidades e municípios em reverter o cenário anteriormente, mas sem sucesso.
A mesma situação foi motivo de preocupação por parte do prefeito de Presidente Prudente, Nelson Roberto Bugalho (PSDB). O chefe do Executivo afirmou que a informação de que a fase vermelha seguiria na região causou tristeza, mas lembrou das inúmeras ações feitas até o momento para que o cenário fosse revertido. "Já fomos para São Paulo várias vezes, fizemos várias reuniões e temos contatos diários para mudar esse cenário, mas essa realidade só será mudada se houver um esforço comum entre o município, o Estado, a União e a população".