A Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM) registrou um aumento de 243% nos casos positivos de dengue no comparativo com 2021, em Presidente Prudente (SP). O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (26).
Conforme o levantamento, no ano passado, foram registrados 2.180 casos positivos da doença. Já em 2022, foram confirmados 7.479 casos, mais do que o triplo de positivos de um ano para o outro.
Também houve um aumento no número de mortes por dengue. Em 2021, apenas uma foi registrada. Em 2022, a vigilância contabilizou cinco mortes ocasionadas pela doença.
Quanto aos casos descartados, foram 4.591 no ano passado e, neste ano, 8.302. Ainda conforme o balanço, atualmente, há 684 casos em análise.
Preocupação das autoridades
De acordo com a supervisora da VEM, Elaine Bertacco, o crescimento de casos de dengue na cidade está relacionado a três fatores: ano atipicamente chuvoso, resistência do mosquito transmissor e descomprometimento da população.
“Chuva além do normal, calor e o não comprometimento dos moradores é a combinação que tem feito os números aumentarem a cada ano. O mosquito também tem se mostrado ainda mais resistente. Semana passada, por exemplo, encontramos um criadouro em uma fossa, o que cai por terra a teoria de que a proliferação só acontece em água limpa e parada. Cada um precisa fazer seu papel, pois a vigilância ainda não consegue estar em todos os lugares, e eliminar o criadouro é a melhor solução”, comentou.
A supervisora ainda ressaltou que o aumento expressivo de casos tem sido registrado a nível nacional, não sendo um problema exclusivo de Presidente Prudente.
“Em 2021, no auge da pandemia, acredito que muitos não procuraram as unidades de saúde, portanto, houve uma subnotificação. Também em 2021, os moradores demonstraram resistência na entrada do agente de endemias”, salientou.
Para além da dengue
Para além da dengue, o Aedes aegypti é o responsável pela transmissão de outras doenças igualmente nocivas à saúde. Confira alguns sinais e sintomas:
Dengue: febre alta (de início imediato e sempre presente) e dores moderadas nas articulações. Manchas vermelhas e coceiras na pele podem ser apresentadas. Vermelhidão nos olhos não é um sintoma.
Chikungunya: febre alta (de início imediato e quase sempre presente) e dores intensas nas articulações em quase 90% dos casos. Manchas vermelhas na pele podem se manifestar nas primeiras 48 horas, acompanhadas de coceiras com intensidade leve em 50% a 80% dos casos. Vermelhidão nos olhos apresentada.
Zika: febre baixa, dores leves nas articulações e manchas vermelhas na pele (quase sempre presente e com manifestação nas primeiras 24 horas). Coceira e vermelhidão nos olhos também podem ser apresentadas.
Em caso de suspeita, a Vigilância Epidemiológica Municipal orienta que a população procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.