Uma nota divulgada pela Prefeitura de Adamantina na manhã desta sexta-feira (18) informa que no dia 21 de maio o Instituto Adolf Lutz disponibilizou um estudo sobre as linhagens de SARS-CoV-2 circulantes na região que compreende os municípios que integram o Departamento Regional de Marília (DRS IX). Segundo a nota, a variante P.1 foi detectada em 71,43% dos casos analisados, a P.2 em 20% e a B.1.1.28 em 8,57%.
Os estudos, porém – segundo a nota – não estão focados em analisar individualmente as cidades. “Apesar das amostras de Adamantina serem momentaneamente enviadas ao Instituto Adolf Lutz, a análise realizada pelo laboratório não está focada em analisar cada município, mas sim o padrão regional tendo em vista a alta miscigenação cultural existente em todo território do estado” (leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Prefeitura).
Esse foi o questionamento levado pelo SIGA MAIS à Prefeitura de Adamantina, no dia 1º de junho, ainda sem resposta. O pedido de informação foi feito por meio do e-SIC (Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão), onde a redação solicitou ao poder público municipal se haveria no município o registro de alguma variante do novo coronavírus mapeada entre os casos locais. Até a manhã desta sexta-feira o órgão municipal não havia respondido ao SIGA MAIS.
Variantes
Variante é um termo utilizado para fazer referência às alterações genéticas que foram identificadas num determinado agente infeccioso, que podem fazer com que tenha maior capacidade de infecção e/ou transmissão, assim como maior resistência à ação do sistema imunológico, por exemplo.
Das variantes mapeadas na região do DRS de Marília, a P1 e a B.1.1.28 foram identificadas primeiramente em Manaus, no final do ano passado. Já a P2 foi encontrada primeiramente no Rio de Janeiro.
NOTA
71,43% dos casos de coronavírus na DRS de Marília é causada pela variante P1
“Adamantina, 18 de junho de 2021 - No último dia 21 de maio, o Instituto Adolf Lutz disponibilizou um estudo sobre as linhagens de SARS-CoV-2 circulantes na região que compreende os municípios que integram o Departamento Regional de Marília (DRS IX).
A variante P.1 foi detectada em 71,43% dos casos analisados, a P.2 em 20% e a B.1.1.28 em 8,57%.
Atualmente, para a obtenção da confirmação das variantes de atenção, está em execução o sequenciamento genético com alta qualidade, aliado ao trabalho de vigilância epidemiológica para investigação dos casos que compreende os aspectos clínicos, históricos de viagens e rastreamento de contatos.
Além disso, para que seja obtido um panorama de ocorrência das linhagens do novo coronavírus nas diferentes regiões de saúde, os Grupos de Vigilância Epidemiológica, em conjunto com os Laboratórios Regionais do Instituto Adolfo Lutz, vêm selecionando amostras positivas com relevância clínico epidemiológica e representatividade estatística.
A partir do panorama de circulação do SARS-CoV-2 em cada DRS, o monitoramento das linhagens vem sendo realizado pela seleção das amostras por análises prospectivas visando a identificação da ocorrência de casos e acompanhamento da disseminação da doença no espaço e no tempo.
É realizada ainda a identificação dos municípios que apresentam risco alto de casos e óbitos em comparação às cidades vizinhas, como descrito na Portaria CCD-6/2021, para um monitoramento em tempo real.
Adamantina era até o mês de maio responsável pela análise de suas próprias amostras, porque o equipamento foi disponibilizado para a realização dos testes em comodato. Além disso, a medida de analisar as amostras localmente objetiva agilizar o resultado para a população.
No entanto, o saldo dos kits para testagem dos casos sintomáticos licitados se esgotou em função do alto índice de contaminação que vem crescendo a cada dia.
Devido a isso, as amostras enviadas pelo município para o Adolf Lutz passaram a ser elegíveis para o estudo genético, focado na detecção de qual linhagem do SARS-CoV-2 está circulando na cidade.
Apesar das amostras de Adamantina serem momentaneamente enviadas ao Instituto Adolf Lutz, a análise realizada pelo laboratório não está focada em analisar cada município, mas sim o padrão regional tendo em vista a alta miscigenação cultural existente em todo território do estado”.