Diante da preocupação geral, tanto da população, quanto das autoridades da área médica com a incidência de dois problemas de saúde pública, que são a Covid-19 e a Dengue, cujos números voltaram com tudo neste final de ano de 2022 e início de 2023.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias buscou informações com o médico infectologista, Dr. Marcelo Augusto Martin, da Santa Casa de Misericórdia de Osvaldo Cruz, que falou sobre a preocupação das autoridades médicas com a doença.
Estamos no período chuvoso do ano, onde o cenário fica propício para a reprodução do mosquito transmissor da dengue, e nos últimos dias estamos com uma alta incidência dos casos da doença em Osvaldo Cruz.
Segundo o profissional, foram mais de 100 casos somente neste começo de ano na cidade e o problema é grave, pois são números expressivos. “Muita gente diz que a situação em seu quintal é tranquila, o problema são os vizinhos, mas se esquece que até numa tampinha de garrafa, numa pequena quantidade de agua, o mosquito consegue depositar seus ovos e gerar novos mosquitos transmissores da doença, por isso vale a pena a população dar uma geral diariamente em casa.”, disse.
O médico destacou ainda, que a gente tem a falsa impressão de que a dengue é uma doença tranquila, por estar já em nosso cotidiano, mas além do grande sofrimento da pessoa contaminada, em muitos casos pode evoluir até para o óbito.
Os principais sintomas são febres, dor no corpo, dor de cabeça, calafrios, em alguns casos vermelhidão na pele e outros...uma das consequências da dengue também é a desidratação, a falta de apetite que leva a um enfraquecimento do paciente.
Segundo o Dr. Marcelo Augusto, logo após a diminuição da febre, vem um período mais preocupante no caso da dengue, que é a fragilidade capilar, as plaquetas estão mais baixas e o risco de sangramento é um pouco mais alto, por isso é importante procurar o atendimento médico. “Ainda que o hemograma não é pedido a todos os pacientes com dengue e sim para aqueles casos em que o estado de saúde da pessoa é mais grave, mesmo assim, é muito importante procurar o médico.”.
E com o relaxamento de parte da população com relação as medidas preventivas, como uso de álcool em gel e máscara facial, distanciamento, os casos de Covid-19 também voltaram a acontecer, inclusive, com aumento dos casos de mortes de pacientes acometidos pela doença. “O que nós temos visto no município e em todo estado, é que tem ocorrido uma queda muito grande da cobertura vacinal, tem muito paciente que já está na fase da quarta dose e não tomou nem a terceira, e todo mundo sabe que a imunidade da vacina só é alcançada com as doses de reforço. O paciente sem a vacinação, a taxa de gravidade e infecção cresce muito.”, comentou o médico Dr. Marcelo.
Uma orientação importante dada pelo profissional de saúde é com relação a quem tomou duas doses de vacina e acha que já está totalmente protegido, e não busca as doses de reforço. Segundo o médico, a vacina provoca a imunidade, ou seja, produz anticorpos para o paciente, porém essa barreira tem uma validade, por isso temos que tomar o reforço. “Uma pessoa que tomou uma dose ou duas a mais de um ano por exemplo, já está com a imunidade muito baixa e exposto a doença, podendo ocorrer inclusive uma infecção mais grave.”, finalizou.