DEZEMBRO VERMELHO: Mais de 30 pessoas foram confirmadas com Aids neste ano

09/12/2020 05h56 Dos 33 casos confirmados, 13 são de moradores de Tupã. Os homens representam 90% das contaminações.
Por Tupã City, Tupã - SP
DEZEMBRO VERMELHO: Mais de 30 pessoas foram confirmadas com Aids neste ano .

Neste mês, ações da campanha "Dezembro Vermelho’’ são desenvolvidas para combater a contaminação da Aids e conscientizar a população sobre a doença.

Em Tupã, ações foram intensificadas com o aumento na oferta de testagens rápidas, não somente no Ambulatório de Doenças Infecciosas, mas, também, na UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Formosa, Estratégia Saúde da Família, e no PSF (Posto de Saúde da Família) na Vila Santa Rita de Cássia, que são as três unidades que oferecem o serviço.

A coordenadora do programa municipal DST/Aids e Hepatites Virais, Anaile Virgínia Genovez Michelotti, disse que a Prefeitura de Tupã finalizou a campanha ‘’Fique Sabendo’’, que ocorreu concomitantemente com o ‘’Dezembro Vermelho’’. "Essas três unidades que intensificaram os agendamentos, funcionam o ano todo, por demanda espontânea dos pacientes. Continuamos à disposição da população, não só em dezembro, mas em todo o ano. Para quem não conseguiu realizar esses agendamentos, o ambulatório continuará à disposição’’, afirmou.

Segundo dados do programa DST/Aids, neste ano 33 pessoas foram diagnosticadas com Aids. Deste total, 30 são homens, sendo que 12 são de Tupã. Das três mulheres, apenas uma é de Tupã. O caso de paciente mais novo, o mesmo conta com apenas 19 anos. Já o mais velho soma 74 anos. Os homens representam 90% das contaminações.

Unaids

Relatório divulgado pela Unaids (agência da ONU especializada no combate à doença) explica que a maioria das pessoas que vivem com Aids no Brasil já passou por pelo menos alguma situação de discriminação ao longo de suas vidas.

De acordo com a pesquisa, 64,1% das pessoas entrevistadas já sofreram alguma forma de estigma ou discriminação pelo fato de viverem com HIV ou com Aids.

Comentários discriminatórios ou especulativos já afetaram 46,3% delas, enquanto 41% do grupo diz ter sido alvo de comentários feitos por membros da própria família. O levantamento também evidencia que muitas destas pessoas já passaram por outras situações de discriminação, incluindo assédio verbal (25,3%), perda de fonte de renda ou emprego (19,6%) e até mesmo agressões físicas (6,0%).

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