Infestação de larvas do mosquito da dengue cai 50% em OC, mas risco de epidemia ainda é alto

16/05/2023 08h45 Número de casos chegou a 3.797 positivos neste ano.
(Fonte: Assessoria de Imprensa OC), Osvaldo Cruz (SP)
Infestação de larvas do mosquito da dengue cai 50% em OC, mas risco de epidemia ainda é alto .

Osvaldo Cruz, com ações de enfrentamento à dengue, conseguiu reduzir o índice de infestação de larvas do mosquito Aedes Aegypti, transmissor desta e outras doenças, em 50% nos últimos quatro meses, porém o risco de epidemia ainda continua. 

O responsável pelo controle de vetores do município, Marcelo Cândido, informou que a cidade de Osvaldo Cruz atualmente passa por um período de queda dos índices de infestação das larvas do mosquito da dengue. 

"Observamos uma melhora na colaboração e conscientização por parte da população o que reflete diretamente nos índices de casos positivos na cidade. O resultado do Índice de Infestação Predial (I.P), que é o levantamento da densidade larvária realizado quatro vezes ao ano, caiu de 7,4% em janeiro para 3,1% em abril", afirmou ao considerar que apesar da queda de mais da metade na infestação, o índice atual ainda é alto.

Para fins de controle do risco de epidemia o ideal é que o índice ficasse em até 1%, ou seja, Osvaldo Cruz ainda está com o triplo do risco para epidemia, porém já bem melhor do que no começo de 2023.

Números da dengue

Os casos de dengue em Osvaldo Cruz chegaram nesta segunda-feira (15) a 3.797 positivos em 2023. Na cidade ainda 39 pessoas estão aguardando resultados de exames. Outras 602 pessoas testaram negativo para a doença e este ano houve 4 óbitos decorrentes da doença. 

A Santa Casa informou que atendeu 13 pessoas com sintomas da doença durante o final de semana.

Necessidade de enfrentamento

Apesar do arrefecimento do quadro e a diminuição do período de chuvas, os técnicos do Setor de Controle de Vetores seguem preocupados porque quando está o índice de infestação está acima de 1% o risco para uma nova epidemia segue devido ao ciclo reprodutivo do inseto. "Os ovos do mosquito sobrevivem em locais secos até 1 ano sem chuva ou água limpa. Se chover ou tiver água apropriada, recomeçarão novos ciclos do Aedes", frisou o veterinário.

A maior preocupação dos técnicos é quanto a bebedouros de animais, onde as pessoas não costumam lavar com água e sabão, apenas descartando a água e colocando uma nova, os ovos permanecerem durante muitos meses e vasos com plantas onde fica água parada. 

"A recomendação é que as pessoas continuem trabalhando em comunhão com os funcionários da saúde, para fiscalização e orientação de combate aos focos de dengue", disse Marcelo Cândido ao reforçar que 10 minutos por semana já é suficiente para que a pessoa olhe seu quintal e elimine os criadouros.

 

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