Durante reunião mensal dos Secretários de Saúde dos Municípios ligados a DIR (Direção Regional de Saúde) a qual Osvaldo Cruz é ligado, foi comunicada a decisão de desativação das unidades de UTI Covid e leitos clínicos de Covid em todos os municípios onde exista essa estrutura, e tenha sido registrada queda no uso das unidades.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias ouviu as autoridades de saúde do município, e a Prefeita Vera Lúcia Alves, para saber qual o impacto da decisão do Governo Estadual.
A Secretária de saúde, enfermeira Renata Coneglian Facco, disse que existem reuniões mensais dos gestores de saúde, e a CIR (Comissão Intergestores Regional), onde participam 10 municípios juntamente com a DRS (Direção Regional de Saúde), com sede em Marilia, sendo que no último encontro periódico, os municípios foram informados que seriam desabilitados alguns leitos de UTI Covid, e alguns leitos clínicos para Covid-19, devido a diminuição do uso desses leitos. “Nesse encontro foram decididos os municípios que vão desabilitar leitos gradativamente, e também qual município fica como referência para nossa região. Então, a partir deste mês de outubro, até o dia 30, permanecem os 10 leitos de UTI, mas em novembro e dezembro serão desabilitados. No caso dos leitos clínicos, permanecem 5 em outubro, 5 em novembro e 4 em dezembro. Outros municípios também passam pelo mesmo processo e Adamantina ficou como referência para nossa região para acolher os 10 municípios.”, disse.
Regina Pontelli, Diretora da Santa Casa, disse a nossa reportagem que a notícia de fechamento das UTIs e leitos clínicos não deixa de ser uma boa notícia, porque isso está acontecendo devido ao número sempre decrescente dos casos de Covid. “Mas, por outro lado nos preocupa um pouco, porque outras cidades estão na contramão de Osvaldo Cruz, com a volta dos casos de Covid porque as pessoas relaxaram nas medidas achando que o problema tinha passado, e também pela presença de outras variantes do vírus, muito mais agressivas. Com relação as equipes médicas, parte delas, se houver interesse, será mantida para as unidades de leitos clínicos, já que os pacientes que eventualmente surgirem, serão atendidos, estabilizados e encaminhados para onde houver UTIs, se for o caso de necessidade.”.
A decisão de manter ou fechar as vagas, cabe ao governador federal, que é o ente que banca as custas desse funcionamento.
Já a prefeita Vera Morena, falou sobre a preocupação que a notícia causa. “Foi com preocupação que recebemos a notícia do fechamento das vagas, mas reafirmamos que se houver necessidade irei a São Paulo, e nesta segunda-feira (18), irei até Brasília para colocar a preocupação da administração com a situação. Quero aproveitar o momento para agradecer toda equipe de saúde em Osvaldo Cruz, na Unidade Sentinela, nos PSFs, na Santa Casa, na UTI, com uma avaliação muito acima da média, e quero deixar aqui meu agradecimento a todos.”, disse.
A chefe do executivo destacou também que logo após o anúncio da decisão das autoridades estaduais com relação a Santa Casa local, fez contato com as autoridades da DIR de Marília. “Colocamos a situação para a Dra. Célia, da DIR, e fomos informados que a partir do momento em que estamos presenciando a volta dos casos de Covid em Adamantina, Presidente Prudente e casos de internação em Osvaldo Cruz, que serão avaliados todos os dias os indicadores, e se a situação se agravar, a decisão pode ser reestudada.”, comentou a prefeita Vera Morena.
A UTI Covid da Santa Casa de Osvaldo Cruz, para estar funcionando, são gastos cerca de R$ 500 mil por mês, dinheiro do Governo Federal.