A segunda-feira começou com uma mobilização virtual entre policiais de todo o Brasil. Com o uso da hashtag #policiaissãoessenciais, o objetivo é chamar a atenção dos governos federal e estaduais em relação à saúde dos servidores da área da segurança pública, que cobram a “vacinação urgente” de todos os trabalhadores da categoria.
O ato é promovido pelo Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), Adepol-Brasil (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil), Fendepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil), e entidades que representam as forças de segurança. Além de cobrarem a imunização contra a Covid-19, protestam pela demora da vacinação dos policiais, efeitos da PEC emergencial e da reforma administrativa iminente, que, conforme o sindicato, “retiram direitos de todos os servidores públicos”.
Ainda de acordo com o Sindpesp, os servidores não tiveram redução de atividades durante a pandemia e, ao lado dos profissionais da saúde, pertencem ao grupo profissional de maior risco de contaminação pela Covid-19.
“Mesmo policiais pertencentes ao grupo de risco e com comorbidades continuam na ativa, combatendo o crime e protegendo a sociedade”, afirma Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados.
“Além do risco de ocorrer uma contaminação em massa nos órgãos de segurança, como quarteis e delegacias, os policiais poderão infectar também o cidadão, a vítima que procura a polícia para registrar uma ocorrência ou necessita de um atendimento de urgência", salienta o Sindicato. "Daí o entendimento desses profissionais serem vacinados com urgência, porque o serviço de segurança pública e um serviço essencial e vital para a sociedade".
Ação solicita compra de vacina
Vale lembrar que na semana passada o Sindpesp ingressou com ação solicitando autorização para importar vacinas contra Covid-19 aprovadas por agências de saúde internacionais.
O objetivo da medida é dar celeridade ao processo de compra dos imunizantes. A nova Lei Federal 14.125, publicada no dia 10 de março de 2021, estabeleceu a responsabilidade civil relativa a eventos adversos pós-vacinação contra a Covid-19 e destacou a aquisição e distribuição de vacinas por pessoas jurídicas de direito privado.
Sindicato dos Delegados de Polícia aciona Justiça para comprar vacinas contra Covid-19
Conforme o sindicato, os profissionais da segurança pública foram considerados essenciais durante a pandemia e não tiveram redução em suas atividades.
“A vacinação dos delegados e demais policiais será uma importante barreira sanitária para que as pessoas que precisam utilizar os serviços da Polícia Civil não estejam sujeitas à contaminação por Covid-19 dentro das delegacias paulistas”, disse a presidente do Sindpesp.