Nesta quarta-feira (24) uma reportagem publicada no site Hora H Notícia, que em suas editorias publica conteúdos das regiões de Marília, Jaú e Bauru, causou reações de surpresa e preocupação, ao afirmar que o governo de São Paulo teria desvinculado 12 cidades da microrregião de Adamantina, transferindo-as do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Marília, para o DRS de Presidente Prudente.
Ainda na noite desta quarta-feira, após a divulgação do conteúdo, inclusive reproduzido por outros sites, o SIGA MAIS checou fontes ligadas ao governo estadual e constatou que essa decisão não procede. Já a checagem oficial, junto à Secretaria Estadual da Saúde, se deu durante todo o dia de hoje (25). Às 16h50 desta quinta-feira, a assessoria de imprensa do órgão estadual confirmou, em definitivo, que a informação divulgada não procede, inexistindo qualquer pactuação nesse sentido.
O Hora H Notícia publicou que a medida teria divulgada pelo governo estadual nesta quarta-feira durante o anúncio da reclassificação das regiões de saúde (DRS), em atualização do Plano SP, e aliviaria a taxa de ocupação de leitos na DRS de Marília. “Até então, Adamantina e mais 11 cidades vizinhas integravam a DRS de Marília e, por estarem muito afetadas pela Covid-19, vinham sobrecarregando a média geral de ocupação de leitos”, diz o conteúdo publicado. “O fato é que o desmembramento permitiu que a DRS de Marília ficasse na fase Laranja, onde o comércio e outros serviços não-essenciais podem funcionar, enquanto que Prudente continuou na Vermelha, acrescida agora da microrregião de Adamantina”, continua a publicação.
Porém, ontem, não foi realizada nenhuma atualização do Plano SP. O governo paulista anunciou apenas a implantação do toque de restrição (ou toque de recolher), que começa a vigorar às 23h desta sexta-feira (26) até às 5h do dia seguinte, e que vai se repetir, todos os dias, até 14 de março.
Prefeito de Marília “repercute” a falsa desvinculação
Repercutindo essa desvinculação divulgada pelo site, o Hora H Notícia cita uma fala atribuída ao prefeito de Marília, Daniel Alonso, que está em viagem a Brasília, onde se mostra surpreendido com a tal decisão. “Realmente me pegou de surpresa esse desmembramento”, diz. “Acredito que essa classificação seja apenas para gestão da quarentena, nada além disso, voltando à situação de antes depois que isso tudo passar”, acrescentou Daniel ao site.
Além de procurar a Secretaria Estadual de Saúde, o SIGA MAIS solicitou ontem à noite, à assessoria de imprensa da Prefeitura de Marília, o posicionamento do prefeito sobre este tema, e em que teria se embasado para dar tais declarações. As mensagens tiveram o recebimento confirmado, pela prefeitura mariliense e até o fechamento deste conteúdo, não foram respondidas ao SIGA MAIS. A redação também entrou em contato com o diretor de divulgação e comunicação da Prefeitura de Marília, por WhatsApp, que visualizou e não respondeu ao pedido de esclarecimento solicitado ao prefeito.