A Vigilância Epidemiológica de Osvaldo Cruz confirmou o registro do primeiro caso da variante Delta da Covid-19, após trabalho de sequenciamento genético feito pelo Instituto Adolfo Lutz e laboratório do Instituto Butantã.
Isso fez com que as autoridades do município ficassem em alerta redobrado, inclusive conclamando a população a continuar com todos os cuidados do protocolo.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias falou sobre o assunto com a enfermeira da VEP, Camila Silva, que explicou o trabalho que o Estado tem feito atrás de monitorar a variante Delta e outras que estão espalhadas pelo país. “No momento o Estado, através dos laboratórios de referência, no caso o Adolfo Lutz e o do Instituto Butantã, que analisam amostras dos suspeitos de Covid-19, dos exames para PCR, eles trabalham nos exames com resultado positivo por amostragem e alguns passam pela pesquisa de identificação da variante. Nós recebemos um comunicado, informando que no município de Osvaldo Cruz, foi feita a investigação e identificada em um dos dois exames, a variante Delta, e no outro caso não foi possível identificar qual a variante.”, comentou.
Camila Silva explicou também qual a diferença entre os vírus que circularam desde o início da pandemia, e esses da variante Delta. “Em termos de tratamento, de recuperação, sinais e sintomas, é basicamente a mesma coisa, o que preocupa muito na variante Delta é que ela tem uma alta taxa de transmissibilidade, um poder de transmissão que chega a ser o dobro das outras.”.
A profissional da saúde destacou como funcionam as doenças virais. “Elas são assim: a pessoa normalmente pensa, como eu já peguei Covid, eu não pego mais, porém é como dengue que tem tipo 1, tipo 2, tipo 3 e tipo 4. Se eu já peguei o tipo 1, esse provavelmente não vou pegar mais, criei imunidade contra ele, mas posso pegar os tipos 2, 3 e 4 ainda. Os vírus se mutam muito facilmente, por isso existem tantos tipos de vírus, e com a Covid-19 não é diferente, pois apesar de muito novo estamos vendo o surgimento dessas variantes, então quem pegou Covid, caso tenha contato com uma variante, pode pegar novamente sim.”, disse a enfermeira Camila Silva.
Como se trata de um vírus novo, é importante que a população seja vacinada, complete o ciclo vacinal, pois é uma forma eficiente de evitar as contaminações, e em caso de contrair o vírus, os efeitos são bem mais amenos.
Um fator que preocupa as autoridades da área da saúde em Osvaldo Cruz, é que muita gente ainda não se preocupou em fechar o ciclo vacinal, tanto que os faltosos com a segunda ou terceira doses no município chegam a 2.700 pessoas, sem contar que temos ainda pessoas que não tomaram nem a primeira dose da vacina contra a Covid.
A enfermeira Camila Silva lembrou um dado preocupante, que os jovens formam o maior grupo dos faltosos com a segunda dose da vacina.
Supervisão: Acally Toledo.