O Município de Osvaldo Cruz atingiu a chamada “imunidade coletiva” da população frente à pandemia da Covid-19. Até esta quarta-feira (9) a cidade atingiu a vacinação de um público vacinável com 82,5% de pessoas que receberam a primeira e a segunda doses pelo menos se comparada com sua população total, hoje estimada em 33.118 habitantes pelo IBGE.
Entretanto, há ainda 2.700 pessoas faltosas com a vacinação (de 1ª, 2ª e 3ª doses), segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Não fossem estas pessoas, Osvaldo Cruz estaria acima de 90% da população vacinada.
Segundo a Revista Veja, especialistas entendem que não há controle da doença com menos de 80% de toda a população imunizada. E isso inclui crianças e adolescentes.
Porém, nem todos os moradores de Osvaldo Cruz têm direito à vacina. Assim, cerca de 6% de quem reside na cidade (menores de 12 anos de idade) não receberam imunizantes contra a Covid-19. Desta forma, a cobertura sobe para 88,17% dos cidadãos que podem ser vacinados, média próxima aos 90% anunciados ontem (10) pelo Governo do Estado com o ciclo completo contra o novo coronavírus.
O resultado da vacinação aponta os acertos das estratégias realizadas e compensa as filas enfrentadas durante o trabalho de imunização da população em alguns momentos, isto sem contar na população acima de 60 anos e mais categorias de profissionais de saúde que já receberam três doses dos imunizantes.
Segundo o Vacinômetro do Governo do Estado, Osvaldo Cruz havia aplicado até esta quarta-feira (10) um total de 55.172 doses, sendo 26.539 em primeira dose, 24.697 em segunda, 3.215 em terceira dose e 721 em dose única.
Mesmo assim a vacinação não para. Só ontem (10) foram vacinadas mais 127 pessoas no total, sendo 5 com a primeira dose, 59 com a segunda dose e 33 com terceira dose (dose de reforço).
O comparecimento em média de 100 pessoas diariamente para atualização de vacinas ou mesmo tomar a primeira dose mostra a preocupação da população em se proteger contra a pandemia, mas muitos só foram entender que a imunização é um dos poucos caminhos contra o novo coronavírus agora.
IMUNIDADE COLETIVA
Os índices esperados para alcançar a imunidade coletiva em relação ao coronavírus mudaram desde o início da pandemia. É bom lembrar que a obtenção desse status, em que a maioria da população está protegida contra o vírus, depende da quantidade de pessoas vacinadas contra ele e da queda na sua taxa de transmissão.
Só a partir de um determinado patamar de imunização é possível interromper a circulação de um vírus, porém é necessário não deixar de comparecer à vacinação nas datas corretas.
“Os jovens são o grupo que mais socializa e mais se expõe, colocando o vírus para circular. Por isso é urgente que eles também se vacinem”, aponta o epidemiologista Alexandre Naime, infectologista e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que é voz divergente da corrente majoritária. Para ele, apenas com 90% de toda população vacinada contra a Covid com ao menos duas doses ou dose única (da vacina Jansen) é possível falar em imunidade coletiva.