Uma pesquisa realizada pela ONG Repórter Brasil fez um ‘Mapa da Água’ de todo o Brasil. Os dados mostram que substâncias químicas e radioativas foram encontradas acima do limite em 1 de cada 4 municípios que fizeram os testes. Entre eles está Osvaldo Cruz.
A pesquisa 'Mapa da Água' foi realizada entre 2018 e 2020, e aponta que Osvaldo Cruz e vários outros municípios apresentaram água com substâncias com maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer, além de outras substâncias que geram riscos à saúde.
De acordo com o Repórter Brasil, os dados que compõem o mapa são resultados de testes feitos pelas empresas e instituições responsáveis pelo abastecimento, que integram a base de controle do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, o Sisagua, do Ministério da Saúde. Os dados foram interpretados de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde.
Ainda segundo a ONG Repórter Brasil, o mapa feito divide as substâncias em dois grupos de periculosidade, divisão feita com base nas classificações dadas a cada substância pelos órgãos reguladores mais reconhecidos do mundo, como a OMS.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Sabesp, que respondeu por meio de nota que a água fornecida em Osvaldo Cruz não é imprópria e cumpre a legislação para potabilidade.
Segue nota na íntegra:
A Sabesp informa que, diferentemente do informado pela ONG Repórter Brasil, a água fornecida em Osvaldo Cruz não é imprópria e cumpre a legislação para potabilidade (Anexo XX da Portaria de Consolidação nº 5, alterado pelas Portarias GM/MS nº 888/21 e nº 2472/21 do Ministério da Saúde). Conforme a legislação, o padrão de potabilidade deve ser analisado "em conjunto com o histórico do controle de qualidade da água e não de forma pontual" (§3º do art.39 e §6º do art.41 da Portaria de Potabilidade).
O histórico das medições em Osvaldo Cruz aponta conformidade com os padrões de potabilidade e garante a qualidade da água fornecida. Os dados apresentados no Mapa da Água mostram resultados pontuais, sem considerar o histórico de medições exigido pela legislação brasileira.
Visando garantir sua qualidade, a Companhia monitora continuamente, conforme exigências do ministério, todas as etapas do sistema de abastecimento, desde o manancial, onde é feita a captação da água, as estações de tratamento, as redes de distribuição até o cavalete na entrada do imóvel dos clientes.
Os dados são enviados ao Siságua, sistema do Ministério da Saúde, e são públicos, conforme mostra o acesso realizado pela ONG. Quando anomalias são constatadas, são tomadas as providências necessárias visando a regularização da situação.