A Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM) confirmou nesta quarta-feira (5) o primeiro caso de leishmaniose visceral em ser humano deste ano de 2023, em Presidente Prudente (SP).
O caso foi registrado em um homem, que está hospitalizado para ser medicado e, conforme o protocolo médico, segue estável.
A Secretaria de Comunicação (Secom) informou ao g1 que, por orientação da Secretaria de Saúde, “para preservar a identidade do paciente”, não irá informar o bairro onde o caso foi confirmado.
No local, a VEM irá realizar um “trabalho de orientação nesta semana em relação à importância do manejo ambiental para a limpeza dos quintais, das fezes dos animais e da poda de árvores".
Além disso, a vigilância orienta que os moradores devem "manter sempre o quintal limpo e rastelado, com a retirada de objetos que possam contribuir para a proliferação do mosquito-palha, que é o transmissor da doença. Também haverá um trabalho de orientação e prevenção nas escolas e igrejas do bairro".
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) também fará uma ação para testagem da sorologia nos cães para identificar a Leishmaniose Visceral canina.
O primeiro caso de Leishmaniose Visceral humana foi registrado em Presidente Prudente no ano de 2013.
Com o caso confirmado nesta quarta-feira, a cidade soma 15 positivos, com dois óbitos, um em 2016 e outro em 2017.
Conforme o Ministério da Saúde, a “Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito em até 90% dos casos".
"A doença é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito-palha. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis”, explica.
“Os principais sintomas são febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia”, conclui.