Uma das perguntas mais ouvidas em tempos de pandemia é sobre a imunidade em relação à Covid-19. Quem já pegou o novo coronavírus pode se infectar novamente?
Estudos ainda não apontam para essa certeza, mas, para responder a esses e outros questionamentos, o G1 conversou com o médico infectologista André Pirajá.
Para o profissional, ainda não se sabe, de fato, se aquelas pessoas acometidas pela doença estão imunes a uma nova infecção. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de se proteger e garantir a segurança quando o assunto é a Covid-19.
"Quanto à imunidade, de fato, ninguém sabe se existe uma resposta duradoura de que a pessoa que já pegou a doença está livre de uma nova infecção", disse ele ao G1.
No entanto, o infectologista explicou que a chance de uma pessoa que já contraiu a Covid-19 pegar a doença novamente é pequena, mas existe. Por isso, esse paciente deve manter a rotina dos demais, sempre respeitando os protocolos sanitários.
"Algumas pessoas, claro que a minoria, podem ser submetidas a reinfecções. Por isso, enquanto não houver uma vacina, é imprescindível o uso de máscaras e do álcool em gel e a preservação do distanciamento social", ressaltou Pirajá.
Atualmente, o Oeste Paulista contabiliza mais de 6,9 mil casos confirmados da doença, dos quais 200 pessoas morreram. Presidente Prudente (SP), onde Pirajá vive e trabalha, é a cidade desta região do Estado de São Paulo com o maior número de infectados, com 2.814 casos.
O estudante Alex Gomes, de 18 anos, é um desses casos positivos de Presidente Prudente. Há pouco mais de duas semanas, o jovem começou com alguns sintomas e procurou assistência médica na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Cohab, conhecida popularmente como Cohabão. E veio a confirmação da doença.
"Eu me sentia muito mal. Tive febre e dor no corpo. Depois de alguns dias, percebi que não estava mais sentindo o cheiro e o gosto. No dia 6 [de agosto], procurei atendimento na UBS e fiz o exame. Na última quinta-feira [13], veio a confirmação de que eu estava com a Covid-19", contou ao G1.
Já recuperado, o estudante ressaltou que na casa dele todos sempre se cuidaram, mas, mesmo assim, não ficaram imunes a doença.
"Eu sempre tomei muito cuidado. Aqui em casa álcool em gel não falta de jeito nenhum. Como tenho problema de pressão alta, faço parte do grupo de risco, por isso, tinha muito medo de pegar a Covid-19", comentou.