O Ministério da Saúde tem doses suficientes para iniciar a aplicação da terceira dose da vacina contra covid-19 em idosos em setembro. A informação foi confirmada pela secretária especial da covid, Rosana Leite de Melo, ao jornal Valor Econômico.
Segundo ela, o governo também vai autorizar a "combinação de vacinas", ou seja, a aplicação de uma terceira dose com marca diferente da utilizada nas duas primeiras.
Em entrevista ao Valor, a secretária disse que não há data definida para ampliar a aplicação da terceira dose a profissionais de saúde. Já a população adulta precisará esperar o resultado de estudos e também a disponibilidade de vacinas no mercado mundial.
Ontem, o ministro Marcelo Queiroga disse estar acompanhando as discussões acerca de uma dose de reforço, mas, segundo ele, não há evidências científicas sobre como essa terceira dose deveria ser aplicada.
"Não há evidência cientifica sólida em relação a como deve ser essa terceira dose, se do mesmo imunizante, se de outro imunizante, qual é o momento de fazer isso", disse Marcelo Queiroga
O ministro também pediu que um estudo capaz de avaliar se a CoronaVac, imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac com o Instituto Butantan, precisará de uma terceira dose -- o pedido específico sobre a vacina ocorre porque outras farmacêuticas que têm vacinas usadas no Brasil já estão com estudos concluídos ou em andamento.
No mesmo dia, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou que o Ministério da Saúde considere a possibilidade de indicação da dose de reforço para grupos que receberam duas doses da CoronaVac, especialmente grupos prioritários como idosos e pacientes imunocomprometidos.