SP confirma terceiro caso da variante ômicron no Brasil

01/12/2021 15h27 Sequenciamento genético de paciente da Etiópia que desembarcou no Brasil no final de novembro foi confirmado nesta quarta (1°) pelo Instituto Adolfo Lutz. Outros dois casos são de casal de missionários que atua na África e veio para a cidade de SP visitar familiares que residem na Zona Leste.
Por G1, Brasil
SP confirma terceiro caso da variante ômicron no Brasil .

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (1°) o terceiro caso da variante Ômicron no Brasil. Trata-se de um passageiro de 29 anos vindo da Etiópia e que desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande SP, no sábado (27). Na ocasião, ele testou positivo para Covid-19.

Ele fez o teste no aeroporto pelo laboratório CR Diagnósticos no próprio aeroporto ao desembarcar e não apresentava sintomas da doença, informou a Secretaria de Saúde. Ainda segundo a pasta, o homem já tinha se vacinado (com as duas doses da Pfizer), passa bem e está em isolamento domiciliar desde sábado. O caso é acompanhado é acompanhado pela Vigilância Sanitária de Guarulhos, onde o paciente mora.

O teste foi sequenciado geneticamente pelo Instituto Adolfo Lutz, que nesta terça-feira (30) já havia confirmado os dois primeiros resultados positivos para a variante ômicron no Brasil (leia mais abaixo).

Os primeiros dois casos de ômicron

Nesta terça, o Instituto Adolfo Lutz já havia anunciado resultado positivo nos testes para ômicron que realizado por um casal de missionários brasileiros que moram na África do Sul (veja mais no vídeo abaixo). Eles vieram para São Paulo visitar familiares que moram na Zona Leste da capital.

Os dois não moram no Brasil e, por conta disso, não tinham registro no VaciVida de vacinação contra a Covid no estado de São Paulo. Em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta, o secretário municipal da Saúde de São Paulo, disse que o casal recebeu a dose única da vacina da Janssen na África do Sul.

Eles estão em isolamento, passam bem, apresentam sintomas leves e são monitorados pela Prefeitura de São Paulo.

"Foram vacinados na África do Sul com dose da Janssen, os dois. Também os parentes que eles estão [visitando] aqui estão em processo de isolamento. Nós vamos agora testá-los na manhã de hoje. Os parentes também já foram vacinados", disse o secretário municipal da Saúde da capital, Edson Aparecido, em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta-feira (1°).

Ainda de acordo com o secretário, a gestão municipal está fazendo um levantamento para identificar todas as pessoas que eles tiveram contato nesse período, mesmo estando em isolamento, cumprindo quarentena.

"Nossas equipes de saúde estão agora em campo para localizar todas as pessoas que tiveram em contato com eles para fazer um monitoramento e acompanhar esse quadro. Nós temos aí evidentemente uma circulação que vem com viajantes, mas é sempre possível de que o vírus esteja em um processo de circulação por todo o país e pela capital aqui também", disse Aparecido.

Nenhuma vacina oferece proteção de 100% contra doenças, mas todas reduzem o risco de infecção, hospitalização e morte, principalmente depois da segunda dose.

É importante lembrar que vacinas funcionam, mas não são infalíveis. Ainda assim, apesar de a probabilidade de infecção após a vacina ser pequena, quanto mais a doença estiver circulando, maior é o risco de o imunizante falhar. Por isso a necessidade de vacinar o maior número de pessoas possíveis o quanto antes.

A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul. De acordo com OMS, a variante apresenta um "grande número de mutações", algumas preocupantes. O primeiro caso confirmado da ômicron foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021 no país.

Nesta terça (30), autoridades sanitárias holandesas afirmaram que a variante já estava presente na Holanda no dia 19 de novembro - uma semana antes do que se acreditava e antes da OMS classificar como variante de preocupação.

A primeira imagem da variante ômicron do coronavírus revelou mais que o dobro de mutações que a da variante delta.

 

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