A variante ômicron se tornou predominante no estado de São Paulo, correspondendo a 90,07% das amostras positivas para a Covid-19 sequenciadas entre os dias 25/12/2021 e 1/1/2022, a 52ª semana epidemiológica do ano passado. É isso que mostra o último boletim epidemiológico da Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, coordenada pelo Instituto Butantan e que acompanha a incidência dos casos positivos de Covid-19 e identifica as variantes mais circulantes na região.
Na 52ª semana epidemiológica, foram identificados mais 734 casos de ômicron, um salto de 1.065% ou 12 vezes mais em relação aos 63 casos detectados duas semanas antes, na 50ª semana epidemiológica (12 a 18/12), quando a variante foi detectada pela primeira vez na Rede de Alerta.
A participação da variante delta no total de amostras positivas caiu consideravelmente no estado,para apenas 5,2% das amostras positivadas,e a variante gama, para 3,6%. Todas estas cepas do SARS-CoV-2 são classificadas como variantes de preocupação (VOC –variants of concern, na sigla em inglês), consideradas mais transmissíveis e com mais risco de causar sintomas graves e mortes pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) paulistas monitorados pela Rede de Alerta,e que englobam todo o estado, em quatro apenas a ômicron foi identificada entre as amostras positivas para Covid-19 sequenciadas na 52ª semana epidemiológica:Baixada Santista, Presidente Prudente, Registro e São João da Boa Vista.
A ômicron se mostrou predominante nos DRS Grande São Paulo, correspondendo a 96,7% dos testes positivos sequenciados; na região de Araçatuba (62,5%), de Campinas (92,2%), de Marília (77,4%), de São José do Rio Preto (57,1%), além da região de Sorocaba (71,1%) e de Taubaté (94,6%).A delta se manteve predominante apenas na região do DRS Bauru.
Segundo a Rede de Alerta, a incidência do SARS-CoV-2 está em elevação em 12 dos 17 DRS (Grande São Paulo, Araçatuba, Baixada Santista, Bauru, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Registro, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba, Taubaté).
O sequenciamento genômico iniciou-se no mês de janeiro de 2021 e até a 52ª semana epidemiológica já foram analisados36.856 (3,1%) genomas completos de 1.181.753 (31,8%) casos positivos.
Predomínio da ômicron por região durante a 52ª semana epidemiológica
Grande São Paulo
A ômicron foi predominante (96,7%) no DRS Grande São Paulo, seguida pela delta (3,3%) em389 amostras sequenciadas, com aumento na incidência de SARS-CoV-2 em relação à semana anterior.
Baixada Santista
A ômicron foi a única variante identificada pela Rede de Alertas na região, a partir de três amostras seqüenciadas, com aumento na incidência de SARS-CoV-2 em relação à semana anterior.
Região de Campinas
A ômicron foi predominante (92,9%) na região, seguida pela delta (7,1%) entre98 amostras sequenciadas, também com aumento na incidência de SARS-CoV-2.
Região de Marília
A ômicron foi predominante (77,4%), seguida pela gama (20,8%) e delta (1,9%) em53 amostras sequenciadas, também com aumento na incidência de SARS-CoV-2 em relação à51ª semana epidemiológica.
Região de Presidente Prudente
Apenas a ômicron foi identificada de duas amostras sequenciadas na região, onde foi verificado aumento na incidência de SARS-CoV-2 em relação àsemana anterior.
Região de Registro
Na região também foi identificada apenas a variante ômicron deduas amostras sequenciadas, com aumento na incidência do vírus causador da Covid-19 em relação à 51ª semana epidemiológica.
São João da Boa Vista
Apenas a ômicron foi identificada nas 15 amostras sequenciadas, com aumento na incidência de SARS-CoV-2 em relação àsemana anterior.
Região de São José do Rio Preto
A variante ômicron foi predominante (57,1%), seguida pela delta (42,9%) entresete amostras sequenciadas na 52ª semana epidemiológica, quando foi verificado aumento na incidência de SARS-CoV-2 em relação àsemana anterior.
Região de Sorocaba
A ômicron foi predominante (71,1%), seguida pela delta (28,9%) entre45 amostras sequenciadas, com aumento na incidência do vírus da Covid-19.
Região de Taubaté
A variante ômicron foi predominante (94,6%), seguida pela delta (5,4%) nas 112 amostras sequenciadas na 52ª semana epidemiológica, quando foi verificado um aumento na incidência de SARS-CoV-2 em relação ao período anterior.