Com o verão, onde predominam as altas temperaturas com chuvas e umidade do ar elevada, temos um cenário propício para criação do mosquito transmissor da dengue, febre amarela, zica e outros, o Aedes Aegypti.
Especificamente no caso da dengue, temos de tempos em tempos um ano crítico com uma alta incidência de casos, assunto que ainda está sendo pesquisado pelos especialistas em busca de uma explicação desse ano mais crítico na sequência normal do tempo.
O ano de 2022 é considerado ano crítico e já começam as preocupações das autoridades da Vigilância Epidemiológica com relação ao controle de larvas do mosquito. Sempre se fala em combater os criadouros a céu aberto no período chuvoso, mas os técnicos têm encontrado a maioria dos criatórios dentro das casas em recipientes com água que os moradores propiciam.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias ouviu o médico veterinário Marcelo Cândido, que é o coordenador da Vigilância Epidemiológica. “Hoje o cenário é de 17 casos suspeitos de dengue, mas que foram sendo descartados com exames, restando no momento somente sete pessoas aguardando o exame chegar, e ao longo de 2022 nenhum caso positivo. Tivemos um caso em janeiro, mas foi colhido em 2021, ou seja, é computado nos números do ano passado.”, disse.
Como estamos na época de chuvas acaba por aumentar a proliferação do mosquito transmissor da dengue e outras doenças, por isso o trabalho de eliminação dos focos larvários é intensificado, inclusive com ajuda do próprio morador que deve ser vigilante e sempre estar atento para não permitir o criadouro. “As ações de combate nunca param com os agentes de controle de vetores indo de casa em casa, mas nesta época se intensifica, tentando localizar os focos de larvas. Quando ocorre um caso suspeito é feito um trabalho com as agentes comunitárias de saúde que estão ajudando a fazer esse bloqueio num raio de 100 metros do local onde mora a pessoa suspeita de estar com a dengue, juntamente com o pessoal da Vigilância Epidemiológica.”, comentou o veterinário.
Ainda segundo Marcelo Cândido, a grande preocupação das autoridades é com relação aos focos encontrados dentro das próprias casas dos visitados. “Vasos com plantas, bebedouros de animais, banheiro com pouco uso onde não se dá a descarga com frequência, e outros. Um exemplo é a tampa que cobre o relógio medidor de água, esse tem sido um local comum de encontrar aquela tampinha aberta contendo água e larvas do mosquito transmissor da dengue.”.
O coordenador da VEP destacou também o pedido de moradores para que seja passado o veneno para matar os mosquitos. “A gente não pode passar o veneno sem ter um caso positivo, pois temos que seguir o protocolo da Sucen que é ligada ao Ministério da Saúde, ou seja, só pode ser feita a aplicação do inseticida quando há um caso positivo da doença.”, finalizou o veterinário Marcelo Cândido.
Supervisão: Acally Toledo