Na noite de sexta-feira (10), uma moradora de Osvaldo Cruz foi até o Pronto Socorro da Santa Casa com a neta passando mal por uma crise de cólica renal, sentindo muitas dores, mas não conseguiu atendimento médico.
A senhora Arlete Cavacini manifestou sua indignação através das redes sociais e da imprensa, pedindo que mais médicos sejam contratados, pois o plantonista estava em uma emergência e as demais pessoas que lá estavam não conseguiram ser atendidas.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias ouviu a moradora de Osvaldo Cruz que contou o ocorrido. “Eu cheguei na Santa Casa com minha neta na sexta-feira (10), por volta de 23h30, com cólica de rim, e eu sabia o que era porque ela já está em tratamento por ter cálculo renal, ela também é enfermeira e sabe dos sintomas. Fomos lá e pedimos atendimento, fizemos todo o protocolo de atendimento, mas não aconteceu o atendimento porque não tinha médico suficiente para atender todos que estavam lá, pois ele estava com uma urgência/emergência, e não podia ir ao Pronto Socorro para atender as outras pessoas.”, disse.
Arlete Cavacini disse ter ficado indignada não só por sua neta que estava passando dor, mas também por todas as pessoas que estavam lá, que não estavam bem também e segundo a entrevistada, ela chegou a pedir uma consulta particular, que pagaria por isso, mas disseram não ter médico. “Minha indignação é essa, como pode uma cidade ficar sem atendimento médico e muitas pessoas até chorando sem receber atendimento médico.”, disse a moradora.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias ouviu também a administradora da Santa Casa, Elizabeth Kasume Furuguen Koga, que explicou o que ocorreu naquela noite. “Infelizmente foi um dia atípico na questão do atendimento do Pronto Socorro e a gente teve duas situações de emergência ao mesmo tempo, que para todo mundo fica bem claro que a gente tem que priorizar essas situações, e neste momento a equipe estava nas emergências. Na verdade a gente tinha vários outros casos, mas o médico estava na emergência lutando contra o relógio para tentar salvar vidas.”, disse.
Segundo a administradora o hospital entende a dor, os profissionais da saúde não querem ninguém sentindo dor, mas quando chegam os casos no Pronto Socorro, tem que ser feita a triagem e priorizar os mais urgentes.
A Administradora falou também do trabalho para tentar melhorar o atendimento no Pronto Socorro. “Na verdade, nosso trabalho é diário tentando buscar melhorar cada vez mais o atendimento, a gente procura trabalhar com as equipes sempre focadas, o Pronto Socorro tem um coordenador, ele é muito presente com relação as nossas necessidades e temos procurado trabalhar para melhorar. A gente gostaria de pedir aqui a compreensão da população no sentido de que todos buscam fazer o melhor sempre, para atender com igualdade a todos independente de ser SUS ou não, procuramos fazer sempre a atualização dos profissionais, mas sabemos que não é o suficiente ainda, com certeza, por isso que continuamos trabalhando.”, finalizou Elizabeth Koga.
Supervisão: Acally Toledo*