Cerca de duzentos cooperados marcaram presença na Assembleia Geral Ordinária da CEROC (Cooperativa de Eletrificação Rural de Osvaldo Cruz), realizada na tarde desta segunda-feira (25), na sede da entidade.
Na oportunidade, a atual diretoria detalhou os resultados das ações que foram desenvolvidas durante o ano passado. Foi apresentado o relatório de 2018, o balanço patrimonial, demonstração da sobra e o planejamento para 2019.
Durante a assembleia, que foi marcada por tumulto, bate-boca e gritos pedindo a renúncia do presidente, Ademir Barrueco. Os participantes tiveram oportunidade de votar a prestação de contas da atual diretoria, que acabou sendo reprovada pela grande maioria dos presentes que tinham direito ao voto. Diante dessa rejeição, uma comissão foi formada para a realização de uma auditoria interna que irá apurar as contas da cooperativa.
Além disso foi escolhido o novo conselho fiscal composto por três pessoas, e votada a redução dos salários do presidente, passando de R$9.500,00 para dois salários mínimos (R$1.996,00), do secretário de R$3.500,00 para um salário mínimo (R$998,00) e dos conselheiros de R$400,00 para R$50,00 mensais.
A grande revolta dos cooperados é em relação aos valores que são cobrados mensalmente pelo fornecimento da energia elétrica para as propriedades rurais.
Um dos cooperados presentes na Assembleia, Reginaldo Zaramela, falou com a reportagem do Portal Metrópole de Notícias sobre a manifestação realizada contra a presidência da CEROC. "Nós pagamos já há vários anos, mais de R$1 o kWh. Na cidade, as pessoas pagam R$0,43, na zona rural em tese deveria ser mais em conta. Queremos destituir essa diretoria, porque se eles não têm capacidade de diminuir os valores cobrados, nós precisamos colocar quem tenha e lute de verdade pelos cooperados. Cooperativa visa serviços e produtos mais baratos e o que acontece aqui é que faz muito tempo que essa cooperativa explora os cooperados, muitas pessoas vivem do trabalho rural e tem que pagar contas altíssimas. Não tem condições de continuar.", disse.
Antônio Leozipe, cooperado da CEROC também esteve presente na Assembleia e destacou para a reportagem que os cooperados estão reivindicando os seus direitos. "Não tem nada tumultuado, essa manifestação está sendo realizada dentro da democracia e estamos questionando algumas posições da diretoria e eles acham ruim. Chegamos nesse ponto da votação nominal e pelo que constamos na lista de presença, estamos com 99% de ganho. Não queremos barrar ninguém, queremos uma auditoria independente para poder fazer questionamentos com o que o presidente vem apresentando para os cooperados. Tem questionamento que estamos fazendo desde 2012, 2013, então estamos aqui reivindicando os direitos dos cooperados.", finalizou.
Veja aqui a reposta de Ademir Barrueco, presidente da Ceroc.