Na noite desta segunda-feira (25) foi realizada a terceira sessão ordinária do ano de 2019 da Câmara Municipal de Salmourão.
De acordo com o presidente da Câmara de Salmourão, vereador Wesley Barbosa, a sessão foi tranquila e ocorreu dentro da normalidade. "Sessão tranquila, tivemos a aprovação do projeto nº 5, que regulamenta o trabalho do menor na condição de aprendiz e autoriza o poder executivo a firmar convênio com a Casa da Criança Rosa Wirth e Aja de Osvaldo Cruz. Este projeto foi aprovado por unanimidade e tenho certeza que será muito importante para a população de Salmourão.", disse.
Os vereadores votaram alguns projetos de lei e como ponto forte da sessão, foi formada a Comissão Especial de Inquérito que irá investigar o caso do suposto recebimento de propina do ex-prefeito José Luiz Rocha Peres e do arquiteto Emersom Luiz Cavalaro, denunciado pelo vereador Nivaldo Perez Parra, o Dedinho (DEM).
Segundo o presidente da Casa de Leis de Salmourão, Wesley Barbosa, os vereadores pediram para que se formasse uma comissão para investigar o caso. "Os vereadores entraram com requerimento e nós deferimos o pedido. Foi realizado um sorteio e os vereadores Antônio Vilas, Sonia Gabau e Diego Delmore, farão parte desta Comissão Especial de Inquérito. Nos próximos dias eles estarão se reunindo para dar sequência ao trabalho, colocamos também o nosso jurídico à disposição e esperamos que dentro dos próximos 90 dias eles possam ter êxito em dar andamento nessa comissão.", disse.
Wesley Barbosa destacou para a reportagem do Portal Metrópole de Notícias que dentro de 90 dias, os vereadores vão apresentar um parecer sobre o assunto. "Tivemos também apresentado um protocolo, um esclarecimento onde uma das partes envolvidas no caso apresentou esse documento durante a sessão. Creio que todos os documentos serão analisados, a partir de agora sob responsabilidade dos três vereadores que integram a CEI. Eles analisarão todos os documentos e assim, dentro de 90 dias, a Câmara poderá dar um respaldo para a nossa população.", finalizou.
Relembre o caso
O vereador Nivaldo Perez Parra, denunciou que o ex-prefeito da cidade, José Luiz Rocha Peres e o ex-arquiteto da Prefeitura, Emersom Luiz Cavalaro, teriam recebido propina da empresa responsável pela construção de uma creche na cidade. Segundo o vereador, o próprio empreiteiro teria confessado o caso.
Um áudio com a suposta confissão do caso foi apresentado pelo vereador Dedinho durante sessão da Câmara de Salmourão.
Tanto o ex-prefeito José Luiz, quanto o arquiteto Emersom negaram qualquer tipo de veracidade do áudio e das denúncias.
A Polícia Civil está investigando o caso.
O documento (Informações do Portal Ocnet)
Nesta segunda-feira (25) o ex-administrador da empresa O.S.V. Construtora Ltda., Osvaldo Pinos Parras, protocolou uma Nota de Esclarecimento junto à Comissão de Inquérito da Câmara onde acusa o atual prefeito de Salmourão, Ailson de Almeida (DEM) de ter gravado ilegalmente uma conversa entre os dois.
No documento, o empresário acusa o prefeito Ailsinho de tê-lo induzido que ele falasse algo para imputar ao ex-prefeito Zé Luiz um suposto recebimento de propina referente a obra de construção de uma escola. Segundo o ex-funcionário, não existem documentos que comprovem a propina a Zé Luiz e ao Arquiteto Émerson Luiz Cavalaro.
O documento ainda acusa o atual prefeito Ailsinho de usar dinheiro do tesouro de Salmourão para a obra, o que seria ilegal já que existe convênio específico com o Estado para a construção.
O construtor junta ao seu esclarecimento um outro documento onde a empresa O.S.V. Construtora Ltda, representada por Reginaldo Cavalcante dos Santos, declara que o atraso no cronograma de construção da escola se deve ao município em razão do setor de engenharia de Salmourão.
Segundo o exposto, um senhor identificado como Baroni teria comprado material suficiente para que 85% da obra fossem concluídos e assim a empresa pudesse receber proporcionalmente ao executado.
De acordo com o documento, depois da compra foi reafirmado um acordo entre o Sr. Baroni e o Prefeito Ailsinho onde o município seria responsável pela compra de parte dos materiais para a conclusão da escola enquanto o citado Baroni ficaria responsável pela aquisição de batentes, portas, fechaduras, vitrôs e guarnições, além de mão de obra civil, elétrica e aluguéis de máquinas.
Os expedientes deram entrada na Câmara de Salmourão nesta segunda-feira e devem ser encaminhados à Comissão Especial de Inquérito.